Coimbra

PSD quer que Assembleia Municipal reverta decisão sobre de reabilitação de Coimbra B

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 28-07-2020

O PSD disse hoje querer que a Assembleia Municipal de Coimbra reverta o acordo básico estabelecido pela Câmara com a Infraestruturas de Portugal (IP) para a reabilitação da estação ferroviária de Coimbra B, aprovado pela Câmara.

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Numa nota enviada hoje à agência Lusa, o presidente da Comissão Política de Secção do PSD Coimbra, Carlos Lopes, anuncia que “o grupo municipal do PSD e PPM vão apresentar formalmente” um requerimento à Assembleia Municipal “com vista à apreciação dos pontos relativos” à “desafetação” da estação de Coimbra A (vulgarmente também identificada por Estação Nova), no âmbito do projeto de ‘metro bus’, e das obras da IP em Coimbra B (Estação Velha).

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O PSD assume, assim, a sua “completa dissonância com as obras de fachada previstas [para a Estação Velha], que condenam Coimbra a manter um apeadeiro como porta de entrada principal na cidade”, afirma.

A Câmara de Coimbra aprovou na segunda-feira o projeto de renovação da estação de Coimbra B, da responsabilidade da IP, cujo projeto prevê a “renovação substancial da estação e das suas instalações, a melhoria dos acessos viários e pedonais – incluindo passagem inferior para passageiros – e a integração plena com o Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM) e outros meios de transportes públicos e particulares”, para tornar a infraestrutura num “importante complexo intermodal” da cidade e da região Centro.

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Com uma “estimativa orçamental global da IP de 38,6 milhões de euros”, o empreendimento inclui o projeto de execução do troço entre Coimbra B e a Portagem, na Baixa da cidade, do SMM, que preconiza a criação de um sistema de transporte público com recurso a autocarros elétricos (‘metro bus’).

O projeto foi aprovado com os votos favoráveis dos cinco eleitos do PS e de Paula Pego (eleita pela coligação PSD/CDS/PPM/MPT, mas que passou a independente no final de 2019) e os votos contra dos dois vereadores do PSD, dos dois representantes do movimento Somos Coimbra e do vereador da CDU.

Para o PSD, “as decisões estratégicas de âmbito municipal”, como é o caso, “devem merecer a devida ponderação e deliberação pela Assembleia Municipal”, no âmbito das suas “atribuições legais e regulamentares”, sustenta.

“Manter Coimbra B é um erro estratégico” para a cidade, pela “perda de conectividade económica e funcional com a rede de alta velocidade, com o porto da Figueira da Foz e novas zonas logísticas empresariais”, alegam os social-democratas, que também consideram que esta gare “não garante uma estação central multimodal”, nomeadamente com o ‘metro bus’, com autocarros e “novos conceitos de mobilidade elétrica”.

Impõe-se a construção de uma nova estação central, criando “uma nova polaridade urbana no concelho, reabilitando e revalorizando a zona industrial da Pedrulha e acrescentando funções económicas e sociais de enorme valia para o futuro de Coimbra”, sustenta.

“Manter Coimbra B não cumpre o Plano Diretor Municipal”, afirma ainda o PSD, criticando “a ausência confrangedora de qualquer fundamento racional para a aceitação de um projeto de péssima qualidade proposto pela IP – não cumprindo qualquer desígnio ambiental nem social relevantes no processo de obras cosméticas de Coimbra B”.

Após a aprovação do projeto pela Câmara, liderada por Manuel Machado, a Concelhia de Coimbra do PS, presidida por Carlos Cidade, que também é vice-presidente da autarquia, defendeu que a reabilitação de Coimbra B “devolve a dignidade” a um espaço que apelida de “apeadeiro velho” e à cidade.

“A oposição [na Câmara] preferiu ficar do lado negro da história, continuando as narrativas gastas de que nunca chega, nunca nada é suficiente, preferindo chumbar a reabilitação da Estação [Velha] por quererem esperar pela última moda ou pelo dia em que eles estejam no poder”, concluem os socialistas.

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