Política

PS acusa Montenegro de seguir extrema-direita na visita de Lula da Silva

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 27-04-2023

O PS acusou hoje o PSD de seguir a mesma posição da extrema-direita face à visita do Presidente brasileiro, reagindo a declarações de Montenegro de que os socialistas querem “ancorar-se na extrema-direita” como já fizeram “com a extrema-esquerda”.

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O líder do PSD, “Luís Montenegro, seguiu claramente a extrema-direita no contexto desta visita de um chefe de Estado estrangeiro [o brasileiro Lula da Silva]”, afirmou o membro do secretariado nacional do PS Pedro Marques.

Admitindo ter recebido as acusações do líder social-democrata “com frustração”, já que “Luís Montenegro continua a dizer que é uma alternativa para a governação do país mas não apresenta propostas nenhumas”, o socialista criticou a postura do dirigente do PSD face ao Presidente brasileiro.

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“Luís Montenegro, até ao contrário da sua própria bancada parlamentar, recusa-se a apoiar o Presidente da Assembleia da República quando ele repreende a extrema-direita, o Chega, relativamente ao desrespeito das nossas instituições democráticas e ao desrespeito a um chefe de Estado convidado oficialmente pelo Presidente da República para estar em Portugal”, acusou.

Além disso, acrescentou Pedro Marques, o líder do PSD “não apoia o presidente da Assembleia da República, falta ao jantar oficial que foi oferecido pelo Presidente da República a este chefe de Estado estrangeiro e, portanto, continua a ambiguidade em relação à extrema-direita”.

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Referindo que é assim que vê a liderança do PSD, Pedro Marques assegurou que o cenário lhe causa “muita preocupação”.

Na quarta-feira, o líder do PSD tinha criticado o discurso do 25 de Abril do presidente do parlamento, Augusto Santos Silva, e acusado o PS de se querer “ancorar-se na extrema-direita”, como fez no passado “com a extrema-esquerda”.

Na intervenção de abertura do Conselho Nacional do PSD, Luís Montenegro acusou o PS de ser o único partido em Portugal “com condições de ser governo” que “anda de braço dado com extremismos”, quer de esquerda, quer de direita, conforme “dá jeito”, e garantindo que o PSD nunca governará nem com um nem com outro.

“Ontem [na terça-feira, 25 de Abril], o Presidente da Assembleia da República, num discurso muito curioso porque foi monotemático, falou do tempo da política: deixem-nos estar aqui que nós estamos agarrados ao poder até 2026 e que é preciso respeitar a vontade do povo”, criticou.

Montenegro, que assistiu na primeira fila aos discursos da sessão solene do 25 de Abril, disse que “nem queria acreditar” no que ouviu de Santos Silva, recordando o que se passou em 2015.

“Como é possível que as pessoas que perderam eleições em 2015, que não tinham a vontade do povo para governar e se foram juntar à extrema-esquerda (…) como é possível que esta gente diga que respeita a vontade popular e queira atirar pedras para cima da casa do PSD”, afirmou, acusando o presidente do parlamento de nunca ter “despido a camisola de militante do PS”.

O líder do PSD acusou o PS de, “agora que a extrema-esquerda já não está à mão de semear”, “se querer ancorar na extrema-direita”.

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