Saúde

Procura das urgências caiu 30% entre início e meados de março

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 28-03-2020

 A ministra da Saúde disse hoje que, desde início e até meados de março, a procura nas urgências caiu 30% e mostrou-se preocupada por doentes tardarem a pedir ajuda e chegarem com situações agravadas por receio da covid-19.

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Em conferência hoje no Ministério da Saúde, Marta Temido afirmou que “desde inícios de março e até meados do mês a procura dos serviços de urgência [hospitalares] diminuiu 30%” e apenas na semana passada (últimos dados disponíveis, ainda não há dados desta semana) a queda atingiu os 60%.

Segundo a ministra, parte da queda da procura estará relacionada com as pessoas encontraram ajuda em vias alternativas – cuidados de saúde privados (como centros de saúde) ou consultas por telefone -, mas também disse que “o Ministério tem a perceção do risco de os doentes que chegam aos cuidados de saúde serem doentes com sintomatologia, patologia mais agravada por estarem a retardar a procura de cuidados” com receio do pandemia de covid-19.

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“Com esse aspeto estamos muito preocupados”, afirmou.

Segundo Marta Temido, o Ministério da Saúde está de momento “a proceder a uma identificação clara dos casos que não estão a ser tratados, a atividade programada que está a ser suspensa, para poder encaminhar eventualmente para hospitais ‘limpos’”.

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Além disso, afirmou, continuam os tratamentos de outras doenças, desde logo em “hospitais onde seja possível manter circuitos completamente estaques”.

A governante indicou ainda que o Ministério da Saúde tem a “intenção de trabalhar com os colégios das especialidades na identificação do que possam ser as circunstâncias mais prementes”, ainda que na análise de cada doente, do caso concreto, caiba ao clínico decidir o que é ou não urgente.

“Não há só Covid no Serviço Nacional de Saúde e estamos a procurar responder também às outras patologias”, disse Marta Temido.

Portugal regista hoje 100 mortes associadas a covid-19, mais 24 do que na sexta-feira, enquanto o número de infetados subiu para 902 para 5.170, segundo os dados hoje divulgados, no boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde.

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