Política

Primeiro-ministro acusa oposições de pretenderem dinamitar credibilidade internacional do país

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 28-04-2022

O primeiro-ministro acusou hoje as oposições de pretenderem dinamitar a credibilidade internacional económica e financeira do país, recusou que exista austeridade e insistiu na tese de que sem contas certas não há confiança no futuro.

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Estas posições foram transmitidas por António Costa na abertura do debate na generalidade da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2022, em resposta às críticas dos partidos por o executivo não atualizar já os salários em função da inflação.

“Tenho ouvido o que dizem as oposições. Quase todos nos pedem que dinamitemos a credibilidade internacional recuperada ao longo dos últimos sei anos, ignorando a estabilidade orçamental e, a alguns, ouço falar – pasme-se – em austeridade”, disse.

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Depois, deixou um ataque sobretudo dirigido ao PSD.

“Austeridade? Só o peso da consciência de quem infligiu ao povo português cortes que nenhuma família esquece poderá justificar o argumento de austeridade.”, declarou, recebendo palmas da bancada socialista.

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Neste contexto, o primeiro-ministro colocou perante o plenário várias perguntas: “Será austeridade aumentar os 2,3 milhões de pensionistas com as pensões mais baixas com efeitos retroativos a 01 de janeiro; será austeridade diminuir a fiscalidade para a classe média, através do desdobramento dos escalões do IRS? Será austeridade a criação da garantia infantil que retirará da pobreza extrema mais de 120 mil crianças? Será austeridade aumentar o investimento público em 38% e criar um forte incentivo ao investimento privado?”, questionou.

Ainda num ataque à bancada social-democrata, António Costa que os eleitores “ainda se lembram muito bem do que significa a verdadeira austeridade”.

“Aquela que enfraqueceu o nosso tecido social, condenando centenas de milhares à pobreza; aquela que aumentou brutalmente a nossa taxa de desemprego; aquela que corroeu a nossa democracia destruindo a coesão social e aconselhou os jovens a escolherem outro país. Esse não é o nosso ADN, nem será a nossa estratégia para enfrentar as crises”, afirmou.

Logo a seguir, o primeiro-ministro insistiu no objetivo de o Governo continuar a proceder a uma linha de consolidação orçamental, sobretudo numa conjuntura internacional de incerteza.

“Vivemos hoje tempos de elevada incerteza, com aumentos das taxas de juro um pouco por toda a Europa. Mais do que nunca, é essencial manter a disciplina financeira, porque é ela que melhor salvaguarda os interesses das famílias e das empresas portuguesas”, defendeu.

António Costa falou mesmo na necessidade de Portugal ter “um Estado financeiramente forte, mais bem organizado e mais preparado”.

“Com contas certas, porque sem contas certas não há confiança no futuro”, acrescentou.

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