Coimbra

Presidente contra instalação da Mercadona na Solum (com vídeo)

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 20-12-2021

O presidente da Câmara Municipal de Coimbra manifestou-se hoje contra a instalação do supermercado Mercadona no Atrium Solum.

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“Quem conhece o Atrium Solum e já usufruiu daquele espaço magnífico de convívio social não vê com bons olhos que seja ocupado por um espaço comercial de média dimensão”, disse José Manuel Silva aos jornalistas, no final da reunião de Câmara que decorreu esta segunda-feira.

Questionado pelo Notícias de Coimbra se não temia a fuga do investimento o autarca respondeu: “há que priorizar o tipo de investimento, não é investimento a todo o custo. Não íamos pôr um investimento na Praça da República só para dizer que é investimento”. Para o edil, a instalação da Mercadona no Atrium Solum iria destruir postos de trabalho e um espaço de convívio social.

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A posição já tinha sido assumida pelo autarca no decorrer da reunião do executivo, durante a qual o munícipe Hélder Rodrigues, no espaço aberto à participação cívica, apresentou publicamente uma tomada de posição contra a instalação da Mercadona no centro comercial.

Considerando a situação “um caso grave e insólito que menoriza a cidade e está a deixar alarmados moradores, trabalhadores e utentes com danos a nível do meio ambiente, do emprego, da qualidade de vida de quem ali vive, trabalha e utiliza o Centro”, Hélder Rodrigues deu conta da existência de 70 postos de trabalho que seriam aniquilados pela Mercadona.

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O munícipe estranha que, em Coimbra, a cadeia de supermercados de origem espanhola, não tenha tido “a mesma estratégia que adotou noutros locais em que negociou com as câmaras municipais locais degradados ou abandonados” para se instalar, “prestigiando a marca e enriquecendo urbanisticamente as cidades que a acolheram”.

“Já em Coimbra quer à força e de forma ilegal instalar-se na Solum”, sustentou, dando conta que a pretensão foi chumbada em duas reuniões de condóminos.

Ana Bastos afirmou que “este é um processo longo e complexo” e que se revê em quase tudo o que Hélder Rodrigues afirmou. A vereadora explicou que houve um pedido de licenciamento que foi indeferido em 2018, que depois acabou por ser anulado, dando a entender que a intenção da Mercadona não “será assim tão ilegal”, tendo dado entrada com um pedido de informação prévia à autarquia que é vinculativo. A responsável disse que a “grande decisão parece estar tomada” e que agora se estão “apenas a discutir pormenores”.

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