Política

Presidenciais: E a campanha segue dentro de momentos

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 12-01-2021

A suspensão da campanha das presidenciais, depois de o Presidente e recandidato Marcelo Rebelo de Sousa ter testado positivo ao covid-19, durou menos de 24 horas e segue hoje com o debate dos sete concorrentes na RTP.

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A história do terceiro dia de campanha para as eleições de 24 de janeiro conta-se em poucas linhas e sempre à volta do teste positivo ao novo coronavírus do Presidente, que o levou ao isolamento no Palácio de Belém, em Lisboa, mas não foi confirmado nos testes seguintes, que deram negativo.

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Como consequência, a campanha “descongelou” e os sete candidatos vão hoje, às 21:55, aos estúdios da RTP, para o primeiro de dois debates com todos os candidatos – o segundo é no dia 18 de janeiro, organizado pelas rádios.

O suspense sobre se a campanha continuaria ou se algum dos candidatos iria ficar de quarentena, dado que todos tinham estado com Marcelo nos frente-a-frente televisivos, começou cerca das 22:00 de segunda-feira.

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A essa hora, foi noticiado que o chefe de Estado tinha tido um teste positivo de diagnóstico ao novo coronavírus, mas estava assintomático.

Marcelo, que já estava em vigilância até dia 18 por ter contactado com um elemento da sua Casa Civil que está infetado, cancelou toda a sua agenda para os próximos dias, e começou a receber mensagem de melhoras de parte dos seus adversários.

Perto das 00:00 de hoje, já todos os candidatos às presidenciais tinham suspendido as suas ações de campanha eleitoral previstas para hoje. Uns optaram por fazer teste (Marisa Matias e André Ventura) e todos aguardaram instruções das autoridades de saúde sobre o que fazer.

Hoje, Rebelo de Sousa testou negativo e aguardava a realização de um teste confirmativo, mantendo-se em isolamento, enquanto, de manhã, participou, por videoconferência, na reunião com especialistas sobre a situação epidemiológica, na sede do Infarmed, em Lisboa.

À tarde, ouviu, pelo telefone, os partidos políticos sobre a renovação do estado de emergência e preparava o decreto para enviar ao parlamento.

Enquanto isto, os restantes seis candidatos participaram, também por videoconferência, na reunião do Infarmed e esperaram. Esperaram que as autoridades de saúde lhes dessem mais informação.

A socialista Ana Gomes, apoiada pelo PAN e pelo Livre, ouviu o que foi dito na reunião do Infarmed e, numa nota à Lusa, afirmou que o Presidente da República e o parlamento devem ponderar o adiamento das eleições presidenciais devido à evolução da pandemia de covid-19. É um cenário que não deseja, mas assegurou que não se oporá.

Ao fim do dia, chegou a confirmação do debate a sete, na RTP, e as candidaturas recomeçaram a marcar as suas iniciativas de agenda para quarta-feira, dia em que o parlamento renova o estado de emergência e o Governo anunciará como será o novo confinamento geral.

Assim, a candidata Marisa Matias, apoiada pelo Bloco de Esquerda, que testou negativo ao novo coronavírus, vai estar na Madeira e nos Açores, e João Ferreira, apoiado pelo PCP e PEV, vai andar por Lisboa, onde tem um encontro com uma apoiante do PS, a deputada Isabel Moreira.

Marcelo continua sem agenda, Ana Gomes não anunciou iniciativas e, à direita, André Ventura, do Chega, estará em Santarém e à noite faz um comício em Portalegre.

Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, foi dos poucos a ter agenda hoje, visitou um rancho folclórico no concelho da Amadora e, entre cumprimentos de cotovelo e fotografias com a população, considerou que “a democracia também precisa de uma vacina”.

“A democracia também precisa de uma vacina e é preciso que o povo vacine a democracia”, respondeu Vitorino Silva a uma mulher que o interpelou sobre haver “muita gente agora que esqueceu que existiu uma ditadura” e que planeia votar em “candidatos que são uns nazis”.

As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.

A campanha eleitoral começou no dia 10 e termina em 22 de janeiro. Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).

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