Português ferido em França estudou em Coimbra

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 23-03-2018

O secretário de Estado das Comunidades esclareceu hoje que o português dado como morto no atentado terrorista em França afinal está vivo e hospitalizado em estado grave, tendo-se tratado de uma informação errada das autoridades francesas.

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“Trata-se de uma vítima portuguesa que está gravemente ferida no hospital”, disse José Luís Carneiro, adiantando que, “felizmente, não pereceu neste ataque terrorista”.

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Este lusitano é filho de emigrantes em França. Esteve a estudar em Coimbra.  Frequentou a Escola Inês de Castro e a Escola Superior de Educação. Regressou para junto dos seus para ir fazer um estágio.

No final da tarde de hoje, o secretário de Estado tinha dado a informação de que um cidadão de nacionalidade portuguesa estava entre os mortos no ataque terrorista, por assim ter sido informado pelas autoridades.Esta informação, explicou, não estava correta, tendo resultado de um erro de comunicaçao das autoridades francesas com os serviços consulares de Toulose.

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“Lamentamos este erro e o sofrimento que também causou a todos nós, aos amigos e familiares”, frisou, adiantando que já falou com o pai do português, a quem transmitiu solidariedade e apoio.

A mãe do português baleado já tinha afirmado à Lusa que o filho estava hospitalizado em estado grave e que o morto no carro onde os dois viajavam era de nacionalidade francesa.

O secretário de Estado disse ainda à Lusa que decidiu ficar em França para acompanhar a situação, reunindo-se com a família do português na manhã de sábado para manifestar toda a disponibilidade para os apoiar e reunir com as autoridades hospitalares.

Os ataques ocorreram em Carcassonne e Trèbes, no sul de França e provocaram quatro mortos, incluindo o atacante, que foi abatido pelas autoridades, 16 feridos, dos quais dois graves, segundo o Presidente, Emmanuel Macron.

Redouane Lakdim, 26 anos, sequestrou trabalhadores e clientes num supermercado de Trèbes, afirmando agir em nome do grupo extremista Estado Islâmico.

Antes, o atacante roubou um automóvel em Carcassonne e, no caminho para Trèbes, disparou seis tiros contra um grupo de quatro polícias, ferindo um deles, sem gravidade, segundo fontes próximas da investigação.

O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou os ataques, divulgou a agência de propaganda dos ‘jihadistas’, Amaq.

“O homem que lançou o ataque de Trèbes no sul de França é um soldado do Estado Islâmico, que agiu em resposta ao apelo” do grupo “para atacar países membros da coligação” internacional que combate os ‘jihadistas’, lê-se no comunicado.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, confiando no que disse o Secretário de Estado, chegou a manifestar ” solidariedade para com a família do português que morreu no ataque no Sul de França, a propósito do qual enviou uma mensagem ao seu homólogo, Emmanuel Macron”.

“Ao tomar conhecimento do facto de um cidadão português ser também vítima mortal no ataque em Trèbes, o Presidente da República deseja manifestar a sua solidariedade e sentidos pêsames aos familiares e amigos neste momento difícil”, lê-se numa nota publicada no portal da Presidência da República.

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