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Escolas de Educação exigem “pedido público de desculpas” do ministro Nuno Crato

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 27-12-2013

As Escolas Superiores de Educação (ESE) exigem que o ministro Nuno Crato “apresente um pedido público de desculpas” pelas afirmações que fez sobre a qualidade profissional dos docentes formados nestes estabelecimentos de ensino.

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A Associação de Reflexão e Intervenção na Política Educativa das Escolas Superiores de Educação (Aripese), que hoje se reuniu em Coimbra, afirma que “os dados existentes não sustentam as afirmações proferidas” pelo ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, “sobre a qualidade da prestação profissional dos docentes formados nas ESE”.

A Associação exige ao governante que “apresente um pedido público de desculpas” às ESE e aos “professores e educadores nelas formados”.

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O ministro, em entrevista à RTP, em 18 de dezembro, dia da prova de avaliação de conhecimentos e capacidades (PACC) dos professores, disse ter dúvidas quanto aos licenciados nas ESE.

Na reunião de hoje em Coimbra, em que também participaram os presidentes de dez institutos politécnicos (estabelecimentos nos quais estão integradas as ESE), a Aripese também decidiu congratular-se e subscrever a Carta Aberta do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) enviada ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, a pedir a demissão de Nuno Crato.

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Nas conclusões da reunião, tornadas públicas durante uma conferência de imprensa, o presidente da Aripese, Rui Matos, sublinhou, por outro lado, que a associação considera “esclarecedora a informação prestada pela A3ES [Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior] sobre a qualidade dos cursos de formação de educadores e professores nos dois subsistemas do ensino superior”.

Os resultados da avaliação, publicados na página oficial da Agência, “contrariam a distinção que o ministro faz entre as universidades e as ESE”, sustentou.

“Não se conformando” com as afirmações do ministro, a Aripese vai “realizar várias ações construtivas de reflexão, discussão e clarificação, a primeira das quais já em janeiro, em todas as ESE do país, no mesmo dia e à mesma hora”, anunciou Rui Matos.

Para aquela iniciativa, serão convidados “a comunidade académica, associações de estudantes, autarquias, agrupamentos de escolas e outras entidades interessadas na formação de educadores e professores”, adiantou.

Instado pelos jornalistas, Rui Matos disse que a Associação a que preside não faz “finca-pé que o senhor ministro se demita”, quer que “se retrate em relação às afirmações que fez”.

As ESE formam menos docentes, “em termos quantitativos” do que as universidades, até porque a sua formação só vai “até ao segundo ciclo do ensino básico”, enquanto as universidades fazem formação de docentes “até ao ensino secundário”, esclareceu.

O presidente da Aripese escusou-se a comentar o “silêncio das universidades” em relação às declarações de Nuno Crato sobre a qualidade da formação profissional das ESE.

A Aripese representa 12 das 13 ESE públicas do país – a única escola que não integra a Associação é a da Guarda, que, no entanto, “tem participado, como convidada” nas reuniões da Associação, disse Rui Matos.

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