Justiça
Polícia Judiciária ajuda a desmantelar grupo criminoso israelita
O Gabinete de Recuperação de Ativos da Polícia Judiciária (PJ) participou numa operação da EUROPOL que ajudou a desmantelar um grupo criminoso organizado israelita. Os 15 elementos detidos produziam e importavam, alegadamente, relógios de luxo e diamantes falsificados em Antuérpia.
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Em nota de imprensa, a PJ refere que a operação “Ozark”, que decorreu a 12 de março, levou à detenção de 11 suspeitos na Bélgica, 2 em Israel, 1 nos Países Baixos e 1 na República Eslovaca. Foram, ainda, realizadas 26 buscas, das quais resultou a apreensão de diamantes, joias, relógios e veículos de luxo, vários dispositivos eletrónicos, cartões de crédito, dinheiro e documentação.
A organização criminosa fabricava relógios de luxo falsos fora da União Europeia, misturando peças originais com componentes falsos. Uma vez produzidos, importavam os relógios para a Bélgica e introduziam no mercado diamantes e relógios falsificados.
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Além de ludibriar os compradores, este modus operandi colocou em causa a reputação do chamado “Distrito dos Diamantes”, em Antuérpia, local onde é aplicada uma certificação única a estes artigos de luxo.
Os detidos traficavam, ainda, cocaína e drogas sintéticas e “lavavam” dinheiro através de esquemas complexos, incluindo criptomoedas, sistemas bancários ilegais e reinvestimentos imobiliários, suspeitando-se que esta atividade possa também ter ocorrido em Portugal, razão pela qual a Polícia Judiciária foi chamada a intervir nesta área.
A Europol destacou para esta operação especialistas em criptomoedas e apoiou a investigação, promovendo o intercâmbio de informações e fornecendo coordenação operacional e apoio analítico.
A operação foi apoiada pela Rede @ON, financiada pela Comissão Europeia e liderada pela Direção Italiana de Investigação Antimáfia (DIA).
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