Coimbra

Plataforma contra crise em Coimbra pode ser exemplo para outras regiões

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 29-04-2020

A plataforma contra a crise e para o desenvolvimento da Região de Coimbra pode ser um exemplo de cooperação a seguir por outras comunidades intermunicipais (CIM), disse hoje o secretário de Estado João Paulo Rebelo.

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“Este é um bom ponto de partida para outras CIM e outros municípios” adotarem uma prática de cooperação entre si e com outras entidades, defendeu hoje João Paulo Rebelo, a propósito da plataforma ‘Coimbra2030’, acabada de criar pela Universidade de Coimbra (UC), pela CIM Região de Coimbra e pelo Instituto Pedro Nunes (IPN), para combater a crise provocada pela covid-19 e para o desenvolvimento da região.

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O secretário de Estado da Juventude e Desporto falava hoje, durante uma videoconferência de apresentação da plataforma, enquanto responsável pela coordenação da execução de medidas de combate à pandemia da covid-19 na região Centro no âmbito da declaração de estado de emergência.

“Os maiores feitos da Humanidade foram alcançados muito mais em cooperação do que em competição”, sustentou o governante, considerando que, agora, face à pandemia, faz ainda mais sentido o espírito de “muita solidariedade” e de “mais cooperação”, que, no fundo, é o que pretende a plataforma ‘Coimbra2030’ e o que explica a sua criação.

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A ‘Coimbra2030’ foi criada pela UC, pela CIM Região de Coimbra (que agrega 19 municípios) e o IPN (instituição privada sem fins lucrativos, instituída pela UC, em 1991, para “promover a inovação e a transferência de tecnologia, estabelecendo a ligação entre o meio científico e tecnológico e o tecido produtivo”), mas está aberta e apela à cooperação de outras entidades e “contará com a colaboração de todos”, sublinhou, durante a videoconferência, Margarida Mano, uma das principais impulsionadoras do projeto.

A iniciativa, coordenada pelo CeBER (Centre for Business and Economics Research, da Faculdade de Economia da UC, visa “colocar o saber e o conhecimento” a “olhar para o futuro, apoiando o desenvolvimento económico e social”, tornando-a “mais forte e mais competitiva”, defendeu a presidente do IPN, Teresa Mendes.

Trata-se de um trabalho verdadeiramente colaborativo com os parceiros da região, num momento em que a solidariedade é fundamental, com vista à recuperação económica e social da região no quadro pós pandémico, referiu o diretor da Faculdade de Economia da UC, Álvaro Garrido.

“A nossa perspetiva é a de uma entidade pública”, assegurou o diretor do CeBER, Luís Dias, sustentando que, “no meio da tragédia que é a covid-19”, importa “saber e poder aproveitar as coisas boas” que delas acabam por resultar, como pretende a plataforma, que, “se calhar, já fazia sentido mesmo sem pandemia”.

O projeto – “muito importante para a Região de Coimbra, de sinergia entre instituições” – pretende “recolher e disponibilizar informações e práticas, regionais e internacionais, que apoiem a tomada de decisão dos agentes regionais”, e “efetuar estudos de suporte ao desenvolvimento das políticas públicas”, afirma a UC.

Além disso, esta iniciativa propõe-se “apoiar a elaboração da estrutura de acompanhamento” e formular “recomendações para a definição de medidas e monitorização das Medidas de Apoio a Empresas e Famílias da CIM Região de Coimbra e respetivos municípios”.

Na videoconferência de hoje também participaram o reitor da UC, Amílcar Falcão, e o presidente da CIM Região de Coimbra – que integra os concelhos de Arganil, Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Góis, Lousã, Mealhada, Mira, Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Mortágua, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela, Soure, Tábua e Vila Nova de Poiares –, José Carlos Alexandrino, que também é presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, entre outros responsáveis.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 217 mil mortos e infetou mais de 3,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Em Portugal, morreram 973 pessoas das 24.505 confirmadas como infetadas, e há 1.470 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

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