Economia

PCP questiona Governo sobre futuro dos Estaleiros do Mondego

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 08-05-2019

O PCP questionou hoje o Governo sobre o futuro dos Estaleiros Navais do Mondego (Atlantic Shipbuilding), Figueira da Foz, perguntando se está a ponderar uma intervenção direta ao nível do financiamento ou gestão.

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“Pondera o Governo criar linhas específicas de apoio ao financiamento da indústria e reparação naval? Admite o Governo usar todos os meios ao seu dispor para viabilizar os Estaleiros Navais do Mondego, incluindo a intervenção direta do Estado ao nível do financiamento e/ou da gestão”, questionam os comunistas em documento enviado ao Ministro-Adjunto e da Economia, através da Assembleia da República.

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No requerimento assinado pela deputada Ana Mesquita, o Governo é convidado a avaliar a “presente situação” dos estaleiros e a enumerar os mecanismos que podem ser ativados no sentido de desbloquear os problemas.

A iniciativa surgiu após uma reunião do PCP com representantes dos Estaleiros Navais do Mondego, durante a qual “os trabalhadores deram nota das suas preocupações com o futuro desta empresa de construção e reparação naval, um setor de grande importância para a economia” portuguesa.

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“Os trabalhadores, que se encontram com o contrato suspenso, querem a viabilização da empresa e consideram que o encerramento definitivo é uma perda irreparável do ponto de vista económico e do ponto de vista da perda de mão-de-obra especializada”, relatam os comunistas.

Os estaleiros encontram-se numa situação difícil, apesar da fase adiantada da construção de um navio por encomenda do Estado de Timor-Leste, recorda o PCP.

“Os trabalhadores dizem ter indicações de que o Estado de Timor continua interessado no navio, no entanto, o não cumprimento desta encomenda coloca em causa não apenas as futuras encomendas para a empresa, mas, e principalmente, a credibilidade do Estado português. Ao que se sabe, a Administração não terá ativado as garantias bancárias da COSEC e existe uma disputa interna pela gestão da empresa”, denunciam os comunistas.

O PCP reconhece que os problemas desta empresa não podem ser desligados de um conjunto de constrangimentos que limitaram o desenvolvimento deste setor, e de outros de base industrial, em particular no que diz respeito ao financiamento.

A esta situação “acresce o problema das rendas mensais pagas ao porto da Figueira da Foz, na ordem dos 30.000 euros”, dizem os comunistas, lembrando que “o PCP tem intervindo sobre a situação dos Estaleiros Navais do Mondego em múltiplas ocasiões e defende que estes estaleiros são de importância estratégica para o desenvolvimento regional e nacional”.

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