Opinião

“Passo” do prefeito de Coimbra acertado por Entidade Reguladora

OPINIÃO | Rui Avelar | 3 meses atrás em 03-11-2024

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social acaba de negar razão ao presidente da Câmara Municipal de Coimbra, autarca que alegou  “violação do dever de rigor informativo” por parte do semanário “Campeão”.

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O Conselho Regulador da ERC deliberou “considerar improcedente a queixa”, por ter concluído que a peça jornalística visada “respeitou, em geral, as exigências de rigor informativo, não sendo (…) a conduta do Jornal denunciado passível de violar o direito ao bom nome e reputação” de José Manuel Silva.

Embora o artigo consista na narração de uma entrevista concedida por Bruno Paixão ((Im)prefeito: Meter golo em baliza própria – Notícias de Coimbra (noticiasdecoimbra.pt), Silva alegou que a sobredita peça padece de falta de rigor informativo por ele não ter sido auscultado.

Interpelado pela ERC, o director do referido semanário, Lino Vinhal, fez notar que o conteúdo da peça jornalística, divulgada em Maio [de 2024], é “rigoroso e factual”.

A preceder a recente deliberação do Conselho Regulador da ERC houve, a 18 de Setembro, uma audiência de conciliação, onde  não foi alcançado entendimento entre as partes.

A Entidade Reguladora assinala que a sobredita peça consiste na publicação de declarações de Bruno Paixão, feitas “na sequência da sua saída da organização de um evento, ‘Conferências políticas’, promovido pela CMC” e apontado para ocorrer a 08, 09 e 10 de Novembro.

Prossegue a ERC, tendo em conta as declarações do entrevistado, que a renúncia dele ao estatuto de comissário do evento ficou a dever-se a alegada interferência do autarca, que terá questionado dois dos nomes sugeridos para oradores das ‘Conferências políticas” (https://www.noticiasdecoimbra.pt/um-parentesis-traicoeiro-para-jose-manuel-silva/).

Se José Manuel Silva fizesse uso de engenho e arte, neste episódio, diria haver sido o semanário induzido em erro pelo entrevistado.

O ‘golpe de asa’ que faltou ao prefeito consistiria em proclamar a inclusão de Ana Abrunhosa – potencial candidata do PS à presidência da CMC – no painel de oradores. O autarca mostraria ser avesso a vetos como o que Bruno Paixão lhe imputou e deixaria de ter necessidade de querer que no registo jornalístico a recusa desse lugar a um eufemismo qualquer.

OPINIÃO | RUI AVELAR – JORNALISTA

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