Coimbra

Pais em Coimbra concordam com fecho de escolas, apesar de tardio

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 13-03-2020

Pais de alunos da Escola Eugénio de Castro, em Coimbra, veem com bons olhos o encerramento das escolas a partir de segunda-feira face ao surto de Covid-19, mas muitos consideram que a medida peca por “tardia”.

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Na quinta-feira, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que as escolas de todos os graus de ensino vão suspender todas as atividades letivas presenciais a partir de segunda-feira devido ao surto de Covid-19.

Hoje, de manhã, na Escola de 2.º e 3.º Ciclos Eugénio de Castro, no centro de Coimbra, os pais que falaram com a agência Lusa aplaudiram a medida.

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“Na minha opinião, acho que a decisão está correta e até devia ter sido implementada logo no início da semana”, afirmou à agência Lusa Carla Vicente, mãe de um aluno do 7.º ano daquela escola, que vai pedir baixa para ficar com os seus dois filhos em casa.

Também António José Silva, com filhos no 6.º e 8.º anos, considera que a medida do Governo é boa para “ajudar a conter a propagação do vírus”, mas “peca por tardia”.

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Sendo um profissional liberal, vai optar por trabalhar a partir de casa.

Filipa Vidal, com uma filha na mesma escola, também considera “prudente resguardar mais a população” e eliminar possíveis riscos de contágio.

Sobre como vai fazer para a semana, a mãe refere que hoje vai trabalhar “e tentar perceber a perspetiva da empresa”, até porque algum do trabalho que faz pode fazer a partir de casa.

Também Ângelo Sousa, com uma filha no 5.º ano, concorda com a medida, mas, apesar de não conseguir colocar baixa, arranja forma de a menor estar acompanhada pelo irmão mais velho e vai “gerindo a situação”.

“Acho que esta é a melhor decisão até acabar esse surto. É necessário porque os miúdos têm muito contacto uns com os outros e a gente não sabe se um pai veio de uma viagem ou não. É uma decisão acertada”, disse à Lusa Luís Tomazoni, com um filho no 5.º ano, que não terá grandes problemas com o fecho da escola, por estar desempregado.

Este pai salienta que “o que não pode acontecer é, em vez de irem para a escola, começarem a ir para os parques e acharem que estão de férias”.

“Este não é o momento de se achar que se está de férias”, vincou.

“Com o tempo veremos se a medida chegou tarde, mas o Governo esteve bem”, comentou António Aradeira, com uma filha no 7.º ano.

Já Maria Madeira contou à Lusa que um dos seus netos, no 3.º ano, já está em casa, e a neta que hoje deixou na escola, que está no 6.º ano, apenas foi porque tinha um teste para fazer.

Com os pais a trabalharem, é a avó que vai assegurar a companhia dos filhos, considerando que a medida de fechar as escolas é positiva, mas “vem tarde”.

“Na minha opinião, ou se faz tudo como deve ser ou não vale a pena. Já deviam ter fechado os centros comerciais e todas as lojas”, afirmou Marta Seguro, com uma filha no 6.º ano, considerando que esta é também uma oportunidade para os pais aproveitarem para terem mais “momentos em família”.

O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro de 2019, na China, e já provocou mais de 4.900 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia.

O número de infetados ultrapassou as 131 mil pessoas, com casos registados em mais de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados.

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