Política

Óbito de Bernardo Moreira: Ministro lamenta perda de “figura ímpar” do jazz

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 04-11-2022

O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, lamentou hoje a morte do músico Bernardo Moreira, que classificou como uma “figura ímpar na história do jazz em Portugal”.

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“Binau, como era conhecido, criou uma identidade própria que passou a vida a ensinar e que certamente se perpetuará através dos seus quatro filhos, todos eles músicos de jazz. Celebremos hoje o imenso privilégio do legado que nos deixa”, pode ler-se numa mensagem publicada na conta oficial do Ministério da Cultura.

O contrabaixista Bernardo Moreira, uma das figuras históricas do jazz em Portugal e indissociável do Hot Clube de Portugal (HCP), morreu na quinta-feira, em Lisboa, aos 90 anos, revelou à Lusa a presidente do HCP, Inês Cunha.

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Bernardo Moreira, ou Binau, como era conhecido, nasceu em Coimbra, em 1932, era engenheiro civil de formação, mas o seu nome está associado sobretudo ao jazz, como músico, divulgador, formador e dirigente do Hot Clube de Portugal.

Nos anos 1950, Bernardo Moreira fez parte da formação do histórico quarteto do Hot Clube, juntamente com Manuel Jorge Veloso (baterista), Jean-Pierre Gebler (saxofonista) e Justiniano Canelhas (pianista), e privou e tocou com diferentes gerações de músicos portugueses e estrangeiros de jazz.

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Desde 1987 foi professor de História do Jazz na Escola do Hot Clube e presidiu ao conselho diretivo do clube de jazz entre 1992 e 2009.

Em 2008, quando o HCP celebrou 60 anos, Bernardo Moreira dizia, em entrevista à agência Lusa, que tinha o desejo de criar uma Casa do Jazz, com o espólio de Vilas-Boas, como contributo para a história do jazz em Portugal.

Bernardo Moreira era casado com a escritora Yvette Centeno e teve quatro filhos, todos eles músicos ligados ao jazz – Pedro Moreira, Bernardo Moreira, João Moreira e Miguel Moreira.

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