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O que vai nascer no Abrigo da Montanha “não é um capricho, é um sonho “ de Santana Lopes

Notícias de Coimbra | 2 semanas atrás em 17-04-2024

Decorreu ao final da manhã desta quarta-feira, dia 17 de abril, na Serra da Boa Viagem, no Abrigo da Montanha, a cerimónia de assinatura do Auto de Consignação da empreitada da obra de “Intervenção no Abrigo da Montanha”, adjudicada à empresa Nobresteel Lda, pelo valor de trezentos e quarenta e quatro mil, trezentos e quarenta e quatro euros e vinte cêntimos (344.344,20) acrescido de IVA e com prazo de execução de sete meses.  

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O imóvel vai acolher, futuramente, o Centro de Investigação das Alterações Climáticas, de Correntes Marítimas e Movimentos de Areias, para o qual o município já contratou duas investigadoras que estão, de momento, a trabalhar em articulação com o Laboratório MAREFOZ, que se fez representar pelo seu coordenador, João Neto, o qual se manifestou muito satisfeito com o trabalho em rede que vai poder vir a ser realizado. 

Rui Silva, chefe de Divisão de Estudos e Projetos, apresentou o projeto, realizado pelo Atelier do Arquiteto Santa Rita, autor do projeto inicial, tendo detalhado as obras a realizar nos 460 m² do imóvel, que passam, principalmente pela “reabilitação”. 

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O autarca local salientou que é “difícil ser sonhador num mundo distraído” e que enquanto “Presidente de Câmara adotado, sente uma espécie de abuso sonhar para uma terra que não é a sua”, contudo, “a maneira de honrarmos os mandatos que recebemos é fazer verdadeiramente aquilo com que sonhamos e que acreditamos como melhor para as comunidades.” 

Pedro Santana Lopes frisou que o que vai nascer no Abrigo da Montanha “não é um capricho, é um sonho “, “um centro de investigação de iniciativa e responsabilidade da Câmara” que conta com a participação do Laboratório MAREFOZ e da Universidade de Coimbra, cujo empenhamento é “chave para o futuro da Figueira”. 

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O líder do município manifestou o seu “orgulho enorme” no futuro centro de investigação, porque é o “sinal bem vivo de que a Figueira está bem atenta aquele que tem de ser o caminho que tem de trilhar no seu presente e no seu futuro” e que “deve ser acarinhado com todo o cuidado e toda a cautela”.

O mesmo irá acolher investigadores que “têm de olhar muito para o mar”, para o movimento das marés, das areias, para as correntes marítimas, para a erosão costeira” que é “matéria de principal interesse da Figueira”. 

“A Figueira só vai ser competitiva no futuro se for conhecida pela sua capacidade de estudar, investigar, analisar, inovar nestas ciências ligadas ao mar”, enfatizou o autarca. 

Dirigindo-se ao administrador da empresa Nobresteel, João Pedro Nobre, que se manifestou honrado por fazer parte de uma obra emblemática para a Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes alertou que “não podem falhar” pois o que “aqui vai nascer e de enorme responsabilidade”, e solicitou que “ponham aqui o máximo da vossa força”. 

O edil aproveitou o momento para dar algumas notas sobre projetos de relevante interesse para o concelho, como o projeto da Marina, do Terminal de Cruzeiros e o Aeródromo, e tecer considerações sobre uma característica que reconhece nos figueirenses. A resignação com que permitem que a Figueira seja vista como uma cidade de menor estatuto que outras urbes da região. “As urbes não se anulam umas às outras por as suas vizinhas se desenvolverem, aqui há espécie de visão estranha na região em que tem de ser tudo centrado numa cidade”, advogou.

Pedro Santana Lopes manifestou-se convicto de que “no dia em que a Figueira for reconhecida por ser uma cidade universitária ligada às questões do mar e do ambiente, uma cidade de investigação, nesse dia, a Figueira tem o seu futuro garantido porque será essencial ao mundo.”

“Ninguém sobrevive num mundo tão competitivo como o de hoje, se não for essencial em algo e aquilo em que a Figueira é essencial, acho eu, vai ser pelo seu saber nestas matérias.”, concluiu o edil figueirense. 

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