Portugal

O que já aconteceu até agora no mês de dezembro? Recorde aqui

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 19-12-2022

As chuvas intensas e persistentes que caíram em dezembro, com particular impacto na Área Metropolitana de Lisboa e no Alentejo, deixaram dezenas de desalojados, estradas cortadas e prejuízos de milhões de euros, havendo ainda uma vítima mortal a registar.

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Na noite de 07 de dezembro, o distrito de Lisboa estava sob aviso meteorológico laranja (o segundo mais elevado) para precipitação forte e trovoada, mas a forma intensa como a chuva caiu fez o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) elevar o aviso no concelho de Lisboa para vermelho, o mais grave.

Na capital, em três horas, a precipitação correspondeu a 10% do que chove num ano, segundo o IPMA. As situações piores ocorreram no Campo Grande, Campo Pequeno e Alcântara. Em Oeiras, foi Algés a zona mais afetada e onde se registou a vítima mortal, uma mulher de 75 anos que não saiu a tempo de casa, numa cave inundada.

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Também Amadora, Loures, Setúbal e Almada foram fortemente atingidos com inundações, pessoas retiradas de casas e de carros, deslizamentos de terras, quedas de muros e de árvores, estradas cortadas e enxurradas, arrastando carros e pedras.

Segundo as autoridades, mais de uma centena de pessoas tiveram que sair temporariamente das suas casas.

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Seis dias depois, quando se começava a recuperar dos estragos, as chuvas e as inundações voltaram a atingir os distritos de Lisboa e Setúbal, mas também Portalegre, Évora e Santarém, entre outras zonas. Várias estações meteorológicas registaram, de acordo com o IPMA, os valores de precipitação mais elevados deste século ou mesmo em comparação com os anos 70 e 80.

O cenário repetiu-se. O distrito de Lisboa, onde dezenas de estradas foram cortadas e os transportes públicos ficaram fortemente condicionados, voltou a concentrar a maioria das ocorrências e as autoridades apelaram para que se evitasse entrar na capital.

No distrito de Portalegre, sofreram também graves prejuízos, inclusive com estradas colapsadas e pontes submersas, os concelhos de Avis, Elvas, Arronches, Sousel, Fronteira, Monforte e Campo Maior.

Neste último, segundo o município, algumas habitações ficaram inundadas “quase até ao teto”. O Largo da Alagoa transformou-se num ‘mar’ de água barrenta quase a chegar às varandas, com automóveis praticamente submersos.

Entre os dias 07 e 15, a Proteção Civil contabilizou 88 desalojados. O Governo visitou alguns locais afetados e pediu um levantamento dos danos até final do ano para agilizar mecanismos de apoio.

Algumas autarquias já adiantaram estimativas dos prejuízos: Loures, por exemplo, indicou mais de 20 milhões de euros e Oeiras 12 milhões.

Outros acontecimentos de dezembro:

1.Seis secretários de Estado, entre eles António Mendonça Mendes, adjunto do primeiro-ministro, António Costa, são empossados pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, numa curta cerimónia no Palácio de Belém, em 02 de dezembro. A remodelação acontece depois de demissão, ainda em novembro, de Miguel Alves, secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, acusado pelo Ministério Público (MP) do crime prevaricação por atos cometidos quando era presidente da câmara de Caminha, Viana do Castelo. Tomam posse Moendonça Mendes, João Nuno Mendes (Finanças, ex-secretário de Estado do Tesouro), Nuno Félix (Assuntos Fiscais), Alexandra Reis (Tesouro), Pedro Cilínio (Economia) e Nuno Fazenda (Turismo, Comércio e Serviços).

2.O Presidente do Peru, Pedro Castillo, é detido, depois de ter sido destituído pelo Congresso, acusado de tentar executar um golpe de Estado ao anunciar a dissolução deste órgão. No dia 07.

3.Pela terceira vez, a Assembleia da República aprova, em 09 de dezembro, a despenalização da morte medicamente assistida em votação final global, com votos da maioria da bancada do PS, IL, BE, e deputados únicos do PAN e Livre e ainda seis parlamentares do PSD. As restates bancadas, Chega e PCP, votam contra, bem como alguns deputados do PSD. Tudo depende agora do que decidirá o Presidente da República.

4.A seleção portuguesa de futebol é eliminada nos quartos de final do campeonato do Mundo de 2022, ao perder com Marrocos, estreante nesta fase, por 1-0, no Estádio Al Thumama, em Doha, no dia 10, pondo fim à sua participação no torneio. Cinco dias depois, em 15 de dezembro, Fernando Santos deixa de ser o selecionador nacional.

5.Cientistas anunciam, no dia 13, que conseguiram pela primeira vez uma reação de fusão nuclear em que foi produzida mais energia que a necessária para iniciar a reação, um passo considerado histórico para o futuro da produção de eletricidade de forma limpa. A experiência, que replicou o processo que alimenta as estrelas, decorreu nos Estados Unidos com recurso a feixes de ‘laser’.

Frases de dezembro:

1. “Com o nosso apetite sem limites por um crescimento económico descontrolado e desigual, a humanidade tornou-se uma arma de extinção maciça.”

António Guterres

06-12-2022

2.“Sou polícia há 37 anos, estou convicto que não há racismos estrutural. A esmagadora maioria dos polícias não é racista, nem extremista.”

Manuel Magina da Silva, diretor nacional da Polícia de Segurança Pública

06-12-2022

3.“Ganhar um Mundial por Portugal era o maior e mais ambicioso sonho da minha carreira. (…) O sonho foi bonito enquanto durou. Agora, é esperar que o tempo seja bom conselheiro e permita que cada um tire as suas conclusões.”

Cristiano Ronaldo, reagindo à eliminação de Portugal no Mundial

11-12-2022

4.“Saio com enorme sentimento de gratidão, enorme pelo privilégio que foi ter sido selecionador e honra de representar o país. Foi um sonho que realizei, um objetivo de vida que cumpri. (…) Quando se lideram grupos tem-se que tomar decisões difíceis, é normal, nem todos ficam contentes com as escolhas que fiz. Mas as que tomei foi sempre a pensar no melhor para a Seleção.”

Fernando Santos, ex-selecionador nacional

15-12-2022

5.“Quero agradecer a Fernando Santos pelos muitos anos de serviço a Portugal, pela forma como serviu Portugal e como conduziu e projetou Portugal na Europa. O ponto de referência é a vitória no Europeu. Muitos portugueses vibraram com Portugal e com a Seleção, que tem uma quota parte do selecionador. Um abraço para ele.”

Marcelo Rebelo de Sousa

15-12-2022

6.“O que explica a mudança da liderança da IL? É o facto de Cotrim de Figueiredo não se conseguir adaptar a este novo estilo histriónico que a IL quer ter, de guinchar um bocadinho mais alto do que o Chega. Fica é ridículo. Porque os ‘queques’, quando tentam guinchar, ficam ridículos perante o vozeirão popular que o Ventura consegue fazer.”

António Costa

Visão, 15-12-2022

7.”Estão furiosos e ainda não digeriram a fúria [o PSD e na direita]. Habituem-se. Vão ser quatro anos e habituem-se a viver com a escolha dos portugueses.”

idem

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