Crimes
O caso misterioso que choca o país: Um ano de sofrimento. Onde está Mónica Silva?
3 de outubro de 2023. Certamente, uma data que ficará na memória da família Silva da Murtosa. 12 meses de sofrimento sem saber onde está Mónica Silva, de 33 anos e grávida de sete meses. Desapareceu durante o regresso à casa. Teria ido ao café. Ligou ao filho e disse que estava a caminho de casa, mas nunca chegou.
As suspeitas recaíram sobre Fernando Valente que está acusado dos crimes de homicídio qualificado, profanação de cadáver e de aborto agravado. Até porque, o GPS “tramou-o”. O carro do suspeito terá feito paragens na Ria de Aveiro.
Para além disso, foi encontrado numa das casas do suspeito 80 mil euros e foi feita uma limpeza profunda numa das habitações. Bem como, o sangue encontrado em casa e na carrinha .
A família exige justiça e acredita que Mónica Silva já não esteja entre nós. Todos querem uma pista e saber onde está o corpo.
Desde o início que a PJ tem seguido várias pistas. Desde pedreiras, Cuba, covas, entre outros alertas. O primeiro local foi um poço cuja família contratou uma empresa para o limpar.
A família também chegou a ser alvo de burla. “500 euros por Mónica viva”. Foi o pedido de resgate que fizeram à irmã da grávida.
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O irmão de Mónica chegou a mergulhar na ria de Aveiro à procura da grávida.
Entretanto também foi descoberta uma irmã ilegítima do ex-namorado da grávida desaparecida. Nunca foi assumida pela família.
Também se descobriu que Fernando Valente, na sua adolescência, envolveu-se num acidente mortal.
A família de Mónica, entretanto, já sujeita a recolha de testes de ADN.
Mensagens trocadas no Facebook entre Mónica e Fernando foram apagadas.
Sara Silva, irmã gémea de Mónica, revela pormenores da relação de Mónica e Fernando Valente: “Queria levá-la para o Dubai”. Garante que Fernando queria encontrar-se com Mónica e Sara.
Mas também apontou um outro suspeito. “Abordaram a minha irmã”. “O homem de Anadia queria saber se ela já tinha abortado”. “Acredito que a minha irmã tenha sido torturada”, afirma.
Esta é a história de como se conheceram, contada por Sara.
Após alguns meses, sabe-se que a família Valente retira câmaras de videovigilância de casa na altura do desaparecimento.
A tia chegou mesmo a afirmar que o corpo podia estar escondido num cemitério.
Filomena Silva recebe fotos de roupa que podiam ser de Mónica.
A gémea da grávida fala sobre uma “birra” que teve com irmã por causa do negócio.
Em fevereiro, a tia de Mónica fica em prisão domiciliária.
No mesmo mês, o pai de Mónica e Sara é condenado por tráfico de droga.
Já em março sabe-se que a mãe da grávida desaparecida e a tia estão de costas voltadas.
O tribunal chama a irmã, Sara Silva.
“Um dia muito triste. Mataram-na”. Dia 28 de maio Mónica faria 34 anos.
Devido à “especial complexidade” deste processo, a investigação acabou por ganhar mais uns meses.
Agora, aguarda-se que a acusação seja deduzida, que faltará cerca de um mês e meio.
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