Desporto

“O 25 de Abril ainda não chegou ao futebol”. Pinto da Costa critica diferenças de liberdade de expressão

Notícias de Coimbra | 3 semanas atrás em 05-04-2024

A liberdade de expressão é usufruída de maneira desigual no futebol português, lamentou hoje o presidente do FC Porto, Pinto da Costa, alvo de um processo pelo Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

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“O 25 de Abril ainda não chegou ao futebol. Não se pode ter opinião. Alguns podem. Por exemplo, o doutor [Frederico] Varandas [presidente do Sporting], quando falou do árbitro do [jogo com o] Vitória de Guimarães, o João Pinheiro, partiu-o todo e não teve nenhum processo. Alguns podem falar. Outros, se criticarem o que é evidente, levam processos. Espero que um dia o 25 de Abril chegue ao futebol”, reconheceu, em declarações aos jornalistas, à margem da apresentação dos candidatos da sua lista às eleições do clube.

O CD da FPF instaurou na quinta-feira processos disciplinares ao FC Porto e a Pinto da Costa, devido aos incidentes observados na derrota ‘azul e branca’ no terreno do Estoril Praia (1-0), para a 27.ª jornada da I Liga, disse à agência Lusa fonte ligada ao processo.

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Além das incidências desse encontro, no qual o árbitro António Nobre expulsou o guarda-redes Diogo Costa e o avançado Francisco Conceição, ambos do FC Porto, e Bernardo Vital, defesa central do Estoril Praia, tendo punido de igual forma Luís Gonçalves, diretor-geral e administrador da SAD ‘azul e branca’, logo após o apito final, estão em causa as críticas feitas por parte do presidente dos ‘dragões’ à atuação da equipa de arbitragem.

Diogo Costa e Francisco Conceição também foram alvo de processos disciplinares, por incidentes decorridos já nos balneários do Estádio António Coimbra da Mota, no Estoril.

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Punidos com um encontro de suspensão, os dois internacionais portugueses cumpriram esse castigo na quarta-feira, quando o FC Porto, detentor do troféu, triunfou na visita ao Vitória de Guimarães (0-1), para a primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal.

O órgão disciplinar federativo instaurou ainda um processo de inquérito ao aglomerado promovido no final da partida disputada na Amoreira, momento em que foi expulso Luís Gonçalves, com o diretor portista a ser suspenso por 30 dias e multado em 7.650 euros.

“Lamento que a presidente do CD da FPF esteja no dia 25 a comemorar os 50 anos da liberdade e da possibilidade de se falar sem ofender ninguém, tal como eu fiz. Tive até o cuidado de realçar – e volto a fazê-lo – a seriedade das pessoas [do organismo]. Os erros [dos árbitros] não têm nada a ver com a seriedade. Lamento que a presidente do CD vá estar na Assembleia da República, uma vez que é deputada, a comemorar as liberdades alcançadas. Acho que não devia ir lá”, atirou Pinto da Costa, aludindo a Cláudia Santos.

O líder do FC Porto foi ainda questionado sobre a alegada contestação do homólogo do Benfica, Rui Costa, ao árbitro João Pinheiro, após o empate em casa face ao Sporting (2-2), na terça-feira, para a segunda mão das ‘meias’ da Taça de Portugal, que afastou as ‘águias’ da decisão da prova, com uma derrota por 4-3 no agregado dos dois encontros.

“Penso que o Rui Costa está inserido no grupo do doutor Varandas, que pode falar o que quiser. Ele já tinha sido assim no jogo em Braga com o árbitro de então e não aconteceu nada”, comentou, ao recordar a eliminação do Benfica nos ‘quartos’ da edição anterior da Taça de Portugal, na sequência de um desaire na visita ao Sporting de Braga através do desempate por grandes penalidades (5-4), após igualdade 1-1 no fim do prolongamento.

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