Região

Nuno Moita quer mais investimento nas ruínas de Conímbriga

Notícias de Coimbra com Lusa | 10 meses atrás em 13-07-2023

O autarca da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova, no distrito de Coimbra, quer mais investimento comunitário nas ruínas de Conímbriga, dado o seu potencial patrimonial e de visitação.

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“Conímbriga tem ali um potencial imenso e merece ser apoiada pelos fundos comunitários. […] É muito importante para nós, concelho, região e até para o país, a continuação das escavações arqueológicas, numa dimensão superior a estas que estamos agora a fazer”, disse hoje, na conferência de apresentação da mais uma campanha de escavações arqueológicas, o presidente da Câmara de Condeixa, Nuno Moita.

Esta campanha, que teve início em 03 de julho e termina no dia 28 deste mês, resulta de um programa de parceria entre o município de Condeixa-a-Nova, o Museu Monográfico de Conímbriga e o Instituto de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUP).

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O programa conta, designadamente, com a presença de estudantes universitários de Coimbra e alunos de três universidades francesas.

O projeto, iniciado em 2021 com campanhas arqueológicas regulares, permite identificar e descobrir património, dá, ao mesmo tempo, formação aos alunos que integram a iniciativa.

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Entre os objetivos da campanha, estão o recuperar da planta do edifício da Casa dos Repuxos e perceber se esta Casa, tal como a Casa de Cantaber, eram servidas por um complexo termal.

Este ano já houve uma “surpresa”, com o aparecimento de uma necrópole tardia, no Vale Norte, fora dos muros baixo-imperiais.

A necrópole está atualmente “em estudo”, não havendo ainda “certezas concretas sobre a cronologia”, adiantou, o coordenador do Instituto de Arqueologia da FLUP, Ricardo Silva.

O diretor do Museu Monográfico de Conímbriga, Vítor Dias, sublinhou que a zona do Vale Norte tem um “imenso potencial” arqueológico, e que pode “acrescentar imenso valor patrimonial e turístico à região”.

Este local permitirá ligar a Casa dos Repuxos ao próprio anfiteatro, um edifício que está identificado desde 1970, ou seja, há cerca de 50 anos.

O anfiteatro pode “transformar a visita a Conímbriga e pode transformar esta dimensão musealizável que o sítio tem e transformar a região”, salientou.

Dados alguns constrangimentos, como o facto de alguns terrenos serem privados, não tem sido possível escavar todo o local na sua plenitude, daí também a importância do financiamento por parte dos fundos comunitários.

As escavações, no Vale Norte e no anfiteatro, proporcionaria “acrescentar imenso valor à visitação”, por isso é uma das ambições do Museu.

Na sessão, o presidente do município de Condeixa-a-Nova lembrou que foi apresentada, no ano passado, a candidatura de Conímbriga a Património Mundial da UNESCO.

A candidatura está, neste momento, em fase de análise pela Comissão Nacional da UNESCO.

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