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Número de deslocados da Ucrânia aumentou para 6,9 milhões em agosto

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 30-08-2022

O número de deslocados internos na Ucrânia aumentou novamente, para 6,9 milhões em agosto, seis meses depois do início da guerra, alertou hoje a Organização Internacional para as Migrações (OIM). 

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“A guerra não mostra sinais de abrandamento. A prolongada deslocação interna gera necessidades crescentes e vulnerabilidades”, disse o chefe da missão da OIM na Ucrânia, Anh Nguyen, que salienta que o número de deslocados registados a partir de julho ultrapassa já as 300 mil pessoas, principalmente a sul e leste do país.

Segundo a OIM, quase metade (44%) das pessoas deslocadas em idade ativa não tem neste momento nenhuma fonte de rendimento, sendo que apenas um terço indicou ter ainda um salário e 24% dependem do apoio do Estado.

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Consequentemente, 60% dos deslocados diz não ter dinheiro suficiente e a maioria das famílias deslocadas (70%) recorreu a redução de despesas, como na alimentação, enquanto um terço delas contraiu dívidas.

Com o aproximar do inverno, estima-se que as condições de vida dos deslocados tornar-se-ão ainda mais graves, tendo em conta que, segundo o inquérito levado a cabo pela OIM.

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Cerca de 22% destas pessoas diz não ter atualmente um alojamento adequado para lidar com o inverno rigoroso ucraniano, e mais de um terço dos deslocados não tem dinheiro para arranjar um abrigo melhor.

Desde o início da ofensiva militar russa a 24 de fevereiro, a OIM já prestou cerca de 800 mil serviços humanitários e para o inverno prevê reabilitar infraestruturas críticas, como centros coletivos e casas, além de distribuir aquecedores e vestuário quente pelas famílias necessitadas.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas, incluindo sete milhões para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções.

A ONU apresentou como confirmados 5.663 civis mortos e 8.055 feridos na guerra, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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