A Polícia Judiciária (PJ) levou a cabo a operação SKYS4AL, que resultou na detenção de dois indivíduos e na constituição de três arguidos, entre os quais se encontra Nininho Vaz Maia.
Em causa está a investigação de um grupo suspeito de envolvimento no tráfico de droga por via aérea e branqueamento de capitais.
Os dois detidos foram presentes esta quarta-feira, 7 de maio, ao juiz de instrução criminal, em Lisboa, e acabaram por sair em liberdade, apenas sujeitos à medida de coação de Termo de Identidade e Residência (TIR), informa a CNN Portugal. A operação, centrada na Grande Lisboa, envolveu 33 buscas, domiciliárias e não domiciliárias, com o objetivo de recolher prova sobre as alegadas atividades ilícitas da organização.
PUBLICIDADE
O nome do artista surge entre os suspeitos, mas a sua participação na alegada rede criminosa não está ainda definida. Segundo informações recolhidas durante a investigação, Nininho Vaz Maia poderá ter colaborado no transporte de estupefacientes.
A rede em questão é suspeita de fazer chegar cocaína ao Aeroporto de Lisboa em malas, com o apoio de funcionários do handling que facilitavam o processo. A droga seguiria posteriormente para países como Espanha e França.
A PJ apreendeu cinco viaturas, duas armas de fogo, mais de 100 mil euros em dinheiro vivo, material de comunicações e diversa documentação. No entanto, não foi encontrada droga no decurso das buscas. Parte da investigação incide também sobre quatro empresas ligadas ao presumível líder do grupo — atualmente em fuga com a companheira —, incluindo negócios nos setores imobiliário, automóvel e transportes de passageiros, uma delas ligada ao setor dos táxis. Uma das arguidas é advogada e sócia do principal suspeito.
A comunicação entre os elementos da rede era feita através da aplicação encriptada Sky ECC, conhecida por ser usada por redes criminosas internacionais.
A investigação prossegue, com as autoridades a tentarem apurar o grau de envolvimento de cada um dos suspeitos e a capturar os dois fugitivos.
PUBLICIDADE