Coimbra

Coimbra: Mulher diz que não consegue “pregar olho nem com comprimidos para dormir”

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 06-06-2022

Uma moradora da Rua Simões de Castro, em Coimbra, foi esta segunda-feira à reunião do executivo da Câmara Municipal queixar-se do ruído provocado pelo funcionamento noturno do Atelier a Fábrica. O presidente confirmou que há várias reclamações contra o estabelecimento e até já foi levantado um auto por atividade fora de horas, mas lembra que há “limitações legais”.

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“No início deste ano acabou o nosso sossego quando vocês deram licença para abrir o Atelier A Fábrica”, afirmou Carla Sofia Santos, assegurando que desde então não consegue dormir oito horas por noite. “Durmo 4-5 horas e isto porque chamo a Polícia”, sustentou. 

Segundo a habitante na Rua Simões de Castro, onde também fica o espaço visado que se identifica como “centro cultural”, o atelier “tem licença como café e funciona como uma discoteca”. 

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“É um barulho toda a noite e é impossível pregar olho, nem com comprimidos para dormir”, disse, descrevendo o mau ambiente no local. “Pago os meus direitos, sou moradora de Coimbra, nascida e criada cá e não tenho o meu descanso merecido”, lamentou.

Carla Sofia reclama igualmente da falta de insonorização do espaço e refere que o barulho só termina quando chega a Polícia. “Tem de haver uma intervenção do município mais profunda”, apelou, dizendo que atualmente só consegue dormir a partir das 03:00 o que considera “inadmissível”.

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José Manuel Silva esclareceu que o Atelier A Fábrica “não tem licença para aquele tipo de atividade” e descreveu uma série de diligências, fiscalizações e reclamações que já foram efetuadas ao estabelecimento, uma das quais, referiu, a 3 de abril, culminou com a instauração de um auto por incumprimento de horário e venda de bebidas na via pública. Segundo o presidente, mais tarde a autarquia negou um pedido de licença especial de ruído para um evento a 24 de abril e  entretanto foi solicitado “um ensaio de incomodidade”. 

“Há limitações legais que impedem simplesmente a Câmara de chegar lá e fechar a porta. É a lei que temos, é a legislação que existe. Estamos sujeitos ao cumprimento de todos os prazos e formalidade legais que nos impedem de ter uma intervenção mais intempestiva”, frisou o presidente.

O Notícias de Coimbra tentou obter mais esclarecimentos por parte de Carla Sofia Santos e de uma moradora que a acompanhou, mas ambas remeteram declarações para mais tarde. 

 

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