Coimbra

Movimento Cidadãos por Coimbra repudia desmantelamento do Hospital dos Covões

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 15-05-2021

O movimento Cidadãos por Coimbra (CpC) diz que “desde a criação do CHUC, em finais de 2011, temos vindo a assistir à agonia não anunciada do Hospital dos Covões, entretanto “fundidos” nos HUC. Todo o processo do seu desmantelamento foi invariavelmente rodeado de todos os secretismos, de decisões “de oportunidade”, nunca publicamente anunciados ou discutidos. Hoje, o Hospital dos Covões está transformado em pouco mais que um “armazém satélite” dos HUC, a que se recorre em situações extremas, como é o caso da atual pandemia”.

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Em nota de imprensa enviada a Notícias de Coimbra, o CpC afiança que foi “tudo executado sem estudo prévio, sem levantamento de necessidades, sem plano funcional, sem metas definidas. O secretismo tem sido a regra. Onze anos já volvidos sobre o início deste processo, não há qualquer demonstração de ganhos de eficiência ou de qualidade assistencial. Há, isso sim, anúncio de intenções que flutuam ao sabor das marés, mas que rumam sempre ao mesmo porto – concentrar nos HUC, aniquilar os Covões”. 

“Até 2014 foram desativadas (“transferidas?”) quase todas as suas especialidades – Neurocirurgia, Neurologia, Gastroenterologia, Urologia, Medicina Interna, Cirurgia Geral, Ortopedia, Cardiologia e Pneumologia. E as competências/serviços na áreas do Exames de Diagnóstico – Imagiologia, Patologia Clínica. A sua urgência há anos que vai deixando de ser uma urgência, com muito menor oferta que um hospital distrital. Esvaziado o Hospital de competências, ocorrerá também o seu encerramento. E eis que chegou, agora, uma vez apaziguada a pandemia, se vê consumada a transferência da Medicina Intensiva para ser fundida com a dos HUC”, lamenta o CpC. 

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O CpC frisa que “não contesta a existência da complementaridade entre os dois hospitais. Da necessidade de se precaverem redundâncias e a desconcentração de competências. Certo é porém, que para essa complementaridade acontecer, se impõem a articulação estreita, mas com autonomia funcional. Porque os HUC, atualmente, já constituem um exemplo de elefante branco a rebentar pelas costuras”. 

Impõe-se que o futuro parque hospitalar de Coimbra preveja a existência destes dois hospitais, programados na decorrência de uma rigorosa inventariação de necessidades em saúde, de um plano funcional que contemple essa complementaridade, da avaliação sistemática e decorrente monitorização de resultados ao longo de todo o processo, que terá que ser transparente e partilhado, porque o que está em causa não podem continuar a ser as agendas ocultas de alguns, defende o CpC.

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Porque o que está realmente em causa é a saúde da região e dos seus cidadãos, e estes têm pleno direito de saber e participar nas grandes decisões, conclui o movimento conimbricense.

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