Coimbra

Médicos explicam greve aos utentes e criam “guia anticalúnia”!

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 28-06-2019

Os sindicatos médicos que convocaram a greve nacional de terça e quarta-feira escreveram mensagens aos utentes a explicar que a paralisação pretende defender o Serviço Nacional de Saúde e criaram até um “guia anticalúnia”.

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Numa “mensagem aos utentes” publicada no seu ‘site’, a Federação Nacional dos Médicos explica que a greve de dois dias é uma luta “contra a degradação do SNS e das condições de trabalho dos médicos”.

“A luta dos médicos por melhores condições de trabalho é também uma luta por serviços dignos e cuidados de saúde de qualidade para os cidadãos”, argumenta a FNAM.

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O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) destaca também que a greve é uma “forma de protesto político contra a degradação do trabalho e contra a degradação do SNS, motivada por anos de despesismo incontrolado e doloso de sucessivos governos e legislaturas”.

Tentando evitar “a intoxicação da opinião pública” e que os médicos sejam alvo de descredibilização, o SIM divulgou mesmo um “Guia Anticalúnia”

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Esse guia contempla cinco questões que os médicos pretendem desmistificar:

– Os médicos são uns privilegiados?

Recordam que frequentaram a formação superior “mais longa e mais exigente, de acesso mais difícil e mais seletiva”, além de um internato médico que dura de quatro a seis anos, sendo que um profissional só se torna especialista depois dos 30 anos.

– Os médicos ganham rios de dinheiro?

Um médico funcionário público que trabalhe um hospital como assistente graduado ou um cirurgião cardiotorácico com 15 anos de especialidade ganha 3.621 euros brutos por mês a trabalhar 40 horas por semana.

O SIM admite que “há quem ganhe mais”, mas “à custa de trabalho em serviço de urgência” ou de “muito trabalho em medicina privada”. Mas a “maioria dos médicos nos hospitais” ganha menos de 2.000 euros líquidos mensais.

– Os médicos são os que mais ganham na Função Pública?

“Erro crasso”, responde o Sindicato. Um médico pode, na final da vida ativa, aspirar a ganhar o que recebe um juiz ou magistrado ao fim de sete anos num tribunal ou comarca de 1ª instância. “Um médico nunca chegará vencimento de um professor universitário”, responde o SIM.

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