Coimbra

Matador do Avenue arrisca pena máxima

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 14-02-2017

Já passava das 4:30 da tarde quando Júnior Souza, suspeito de ter morto Ismael Soares, junto à Discoteca Avenue, chegou ao Tribunal de Instrução Criminal de Coimbra (TIC).

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Na área do Edifício Coimbra era aguardado por mais de dúzia de agentes da PSP e uma dezenas de jornalistas da imprensa local e nacional.

Alguns  jornalistas e policias suspeitavam que ao local podiam acorrer amigos do homicida e da vitima, mas tirando um outro que foram espreitando, não existiu qualquer tipo de manifestação.

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O jovem brasileiro saiu do TIC por volta das 19:30. Não prestou declarações durante as 3 horas em foi confrontado com a acusação. Parecia tão calmo como quando entrou. Não fez questões de se esconder.

O funcionário judicial informou a comunicação social que Júnior Souza, 21 anos, é acusado do crime de homicídio qualificado na forma consumada, de detenção de arma proibida e um crime de ofensa à integridade física qualificada. Fica sujeito às medidas de coação de Termo de Identidade e Residência e Prisão Preventiva. Pode ser condenado até à pena máxima de 25 anos de prisão.

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Joselito Martins Santiago, advogado de Júnior Souza, declarou que o processo está a decorrer de forma regular. Adiantou que pediu segurança na execução a medida prisão preventiva, pois o seu cliente está sob fortes ameaças, ameaças de inúmeras pessoas, que não posso concretizar”.

Junior Souza foi detido, no dia 25 de janeiro, em Espanha, por ser suspeito de um crime de homicídio qualificado, ocorrido na cidade de Coimbra, no passado dia 8 de janeiro, junto à discoteca Avenue.

A detenção foi efetuada pela Polícia Nacional de Espanha, em cumprimento de um mandado de detenção europeu, emitido pelo DIAP de Coimbra, contando, para o efeito, com a colaboração de elementos da Diretoria do Centro da Polícia Judiciária, que se deslocaram ao país vizinho.

Ismael Soares e Júnior Souza numa foto publicada no Facebook do Avenue

Ismael Soares e Júnior Souza numa foto publicada no Facebook do Avenue

Notícias de Coimbra apurou que Júnior Souza e Ismael Soares se conheciam. Na foto posam juntos no Avenue, meses antes da triste ocorrência. Também se cruzaram no NB, onde se desentenderam no último verão. Depois deste “desencontro”, o brasileiro foi proibido de entrar na discoteca situada em frente à PJ, mas podia frequentar o Avenue, que pertence ao mesmo grupo.

Fonte conhecedora do processo relacionado com este crime na Afonso Henriques, uma zona nobre de Coimbra, revelou a NDC que uma parte do que está a ser adiantado pela generalidade da comunicação social não corresponde totalmente ao que terá acontecido na fatídica manhã de domingo.

Para que a justiça esclareça o que de facto aconteceu, muito contribuirá o visionamento das câmaras de segurança que foram passadas a pente fino no dia do crime. Certo é que de uma forma ou de outra, existiam relações de diversa índole entre a maior parte dos envolvidos na tragédia.

Júnior Sousa, referenciado nas redes sociais como o autor dos disparos que mataram Ismael, costumava frequentar bares e discotecas de Coimbra, onde, com a sua “turma” era cliente de “garrafa”. Este brasileiro tem antecedentes criminais por tráfico de droga. Na noite do crime estaria acompanhado pela namorada e por um amigo, suposto condutor da viatura de onde foram disparados alguns dos tiros. Uma imagem deste “trio” foi bastante partilhada no Facebook.

A Polícia Judiciária temeu que Júnior Souza deixasse o nosso país e tentasse chegar ao Brasil, mas o brasileiro não chegou a sair da Europa e foi apanhado em menos de 1 mês,

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