Crimes

Mata idoso à pancada para roubar pensão de 240 euros “que guardava no bolso”

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 1 ano atrás em 13-05-2023

Uma mulher, de 35 anos, confessou que matou um homem, de 81. A vítima foi agredida na cama para entregar a pensão que guardava no bolso das calças. O crime remonta a janeiro de 2021, em Reguengos de Monsaraz. A homicida foi punida agora pelo Tribunal de Évora.

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A arguida vivia há uma semana a vítima “num contentor, na zona industrial de Reguengos de Monsaraz. Tratava-o por tio, apesar de não terem qualquer laço familiar, mas isso de nada valeu ao idoso na noite de 15 de janeiro de 2021. Foi brutalmente agredido, primeiro na cama onde se encontrava deitado, e depois já caído no chão”, relata a SIC Notícias.

O idoso não sobreviveu às agressões e a homicida foi condenada pelo Tribunal de Évora a 20 anos de prisão por homicídio qualificado e a pagar uma indemnização de 12.500 euros à filha da vítima, acrescenta. O Tribunal deu como provado que a arguida agiu com “o intuito de se apropriar do dinheiro que a vítima tinha nas calças que trajava”.

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A filha do octogenário assume ainda a “revolta” pela forma como o pai “foi espancado até à morte”.

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Durante o julgamento, a mulher assumiu o crime, apesar de garantir não ter atuado sozinha. “Um cenário rapidamente descredibilizado pelas imagens de videovigilância do local, recuperadas pela Polícia Judiciária e nas quais surge sempre só – e confessou que o plano passava por se apropriar da reforma de 240 euros que a vítima tinha recebido”, pode ler-se na notícia. No acórdão a que a SIC Notícias teve acesso, é descrita a brutalidade empregue no crime.

“Fazendo a arguida uso de um objeto contundente com o qual desferiu diversas pancadas no corpo de Manuel Lopes, de forma cruel e violenta, causando-lhe diversas lesões que vieram a revelar-se mortais, ademais tendo feito cair um baú e cadeiras por cima do mesmo, tudo atos cuja gravidade e consequências a arguida conhecia, sabendo que lhe provocaria inevitavelmente a morte e conformando-se com tal resultado, com o intuito de apoderar-se do dinheiro que consigo trazia Manuel Lopes, homem especialmente vulnerável em razão da sua idade e condição física”, referem os juízes.

A mulher já tinha cadastro por ofensa à integridade física qualificada e ameaça agravada, o tribunal refere ainda que “o crime cometido não foi um ato isolado e é revelador do crescendo de violência e descontrolo que esta personificou”.

A arguida encontra-se em prisão preventiva na cadeia de Tires desde novembro de 2021, medida que os juízes decidiram manter enquanto o processo corre, pois ainda existe possibilidade de recurso antes do trânsito em julgado do acórdão.

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