Vamos

Marta Mestre e Ángel Ulloa vão ser os curadores em 2024 da anozero em Coimbra

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 22-02-2023

A portuguesa Marta Mestre, diretora artística do Centro Internacional José de Guimarães, e o espanhol Ángel Calvo Ulloa vão ser os curadores da edição de 2024 da anozero, bienal de arte de Coimbra, foi hoje anunciado.

PUBLICIDADE

Os dois curadores escolhidos para 5.ª edição da bienal de arte contemporânea de Coimbra são formados em História da Arte e têm uma forte relação com o Brasil, afirmou hoje a organização da anozero, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.

Segundo a bienal, o anúncio da escolha da direção curatorial para 2024 foi feito hoje, durante a Feira de Arte Contemporânea de Madrid (ArCo).

PUBLICIDADE

A equipa vai partir “de uma linha de trabalho ancorada na frase ‘o mundo eclode e colapsa, simultaneamente, em vários lugares’”, sendo o tema e lista de artistas a participar na bienal conhecidos em setembro deste ano.

“A nossa ligação a Espanha é matricial e estrutural da bienal, que sempre achámos que tinha de ter uma presença ibérica muito forte. Há muito que gostava de ter um curador espanhol e este foi o momento certo”, disse à Lusa Carlos Antunes, diretor do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC), entidade que coorganiza a anozero, juntamente com a Câmara de Coimbra e a Universidade de Coimbra.

PUBLICIDADE

publicidade

Segundo Carlos Antunes, são dois curadores “que se conhecem bem, de proveniências diferentes” e que irão reforçar “o eixo ibérico e América Latina”.

Sobre o que esperar, o diretor do CAPC realçou que Ángel Calvo Ulloa trabalha de forma “muito particular” a relação com os territórios e Marta Mestre um interesse em “assuntos pós-coloniais”, acreditando que esses dois temas deverão ser abordados em 2024.

A 5.ª edição vai decorrer de 06 de abril a 30 de junho de 2024.

Marta Mestre, que foi curadora no Instituto Inhotim, em Minas Gerais, e no Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro (Brasil), é atualmente a diretora artística do Centro Internacional José de Guimarães, em Guimarães, e tem organizado exposições individuais e coletivas em diversos países.

Já Ángel Calvo Ulloa, natural da Galiza, vive entre Espanha e Brasil, é coautor do livro “Desde lo curatorial. Conversaciones, experiencias y afetos” e tem participado em diversos projetos artísticos.

O Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, em Coimbra, que tem sido o principal palco da anozero, vai também acolher este ano um ‘solo show’, focado num único artista, realçou a organização.

De acordo com a nota enviada à Lusa, a partir de 14 de abril, o islandês Ragnar Kjartansson propõe como tema “Não sofra mais”.

“Um dos destaques da exposição é “The Visitors”, considerada pelo jornal britânico The Guardian como a melhor obra de arte do século XXI. Entre outras obras, Ragnar Kjartansson traz o registo de uma performance de seis horas com a banda The National em que são interpretadas várias versões do tema ‘Sorrow’”, referiu.

Ragnar Khartansson desenvolve um trabalho em torno de diversos meios artísticos, “criando instalações de vídeo, performances, desenhos e pinturas que se baseiam em inúmeras referências históricas e culturais”.

O artista islandês já contou com exposições no Museu Metropolitano de Arte de Nova Iorque, Barbican Centre (Londres), Palais de Tokyo (Paris) ou o MOMA (Nova Iorque), entre outros.

Related Images:

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE