Política

Mário Jorge Nunes concorre a terceiro mandato em Soure com foco na reindustrialização

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 05-08-2021

O presidente da Câmara Municipal de Soure, Mário Jorge Nunes (PS), é recandidato a um terceiro mandato consecutivo nas eleições autárquicas de 26 de setembro, com foco na reindustrialização do concelho do distrito de Coimbra.

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“Estamos a ter muita procura de empresas para se instalarem em Soure e esse será o grande projeto dos próximos quatro anos. Mais do que satisfazer outras necessidades, de arranjos urbanísticos, de arranjos em aldeias, o meu foco é reindustrializar o concelho de Soure, criar condições para que empresas se instalem e desenvolver a atividade económica”, disse à agência Lusa o autarca de 56 anos.

Outro projeto, que Mário Jorge Nunes classifica de “essencial”, é a ligação da zona industrial de Soure ao nó da autoestrada 1 (A1), aberto ao trânsito em 2014 e que colocou o centro da vila a “escassos quatro mil metros” da portagem.

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Segundo o autarca, ao longo dos anos “foram sendo criadas expectativas, sempre com fundos comunitários” que nunca se concretizaram: “Nem o Estado nem a Europa estão disponíveis para financiar alcatrão, mas Soure vai avançar com o plano B, que é em duas ou três fazes fazer essa ligação ao nó da autoestrada”.

A via, com cerca de seis quilómetros de extensão, esteve estimada em 10 milhões de euros, “mas hoje, a preços atuais, custa mais de 16 milhões e não há fundos externos para a financiar”, explicou.

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Deste modo, o município elaborou um projeto e aprovou financiamento bancário para a totalidade do custo do primeiro troço de quase um quilómetro – 1,7 milhões de euros que serão assumidos “a expensas próprias” da Câmara Municipal – cuja obra, de ligação a um dos polos industriais do concelho, deverá arrancar, disse Mário Nunes, “dentro de meses”, assim que o Tribunal de Contas conceda o visto.

De entre as “conquistas” do atual mandato, Mário Jorge Nunes aponta o aumento da taxa de cobertura de saneamento básico “de 40% para 70%”, os investimentos na zona norte do concelho, nomeadamente relacionados com os acessos à nova plataforma logística rodoferroviária, bem como o turismo.

“Comprovadamente, estatisticamente, até 2017, tínhamos zero dormidas no concelho de Soure. Em 2018 e 2019, tivemos num ano mais de 20 mil e no outro 22 mil e 200 dormidas. Colocar o concelho de Soure no mapa turístico e da estatística turística é uma grande conquista”, observou.

Mário Jorge Nunes frisou que se recandidata depois de, no atual mandato, a tempestade Leslie (2018) e a pandemia de covid-19 terem obrigado a “muitos desafios, muitos constrangimentos e projetos por concretizar”.

“Nas alturas difíceis da nossa vida em sociedade, é quando não se deve abandonar as pessoas que em nós têm confiado, e, do ponto de vista anímico, essa é principal razão [da recandidatura]”, alegou.

O autarca tem como objetivo “continuar com maioria absoluta” (atualmente o PS tem cinco mandatos no executivo, o PSD um e a CDU outro) e, quanto à lista que o acompanha, aposta “num critério de continuidade” nos seis primeiros lugares.

Seguem-se outros candidatos “todos jovens, de uma nova geração com provas dadas já na sociedade, com sucesso académico e profissional, na casa dos 30 anos ou menos”.

“Não são autárquico-dependentes, não estão à espera de um emprego na Câmara ou na política, porque já têm uma carreira ou estão em vias de ter. Não são filhos nem parentes próximos de autarcas” ou dirigentes políticos”, argumentou.

“Isso enche-me de orgulho e é nesse espírito que eu vou para esta eleição. Estou mais para deixar um legado e vontade de fazer, para que uma geração vindoira de gente jovem pegue nos desafios municipais e os concretize no futuro”, resumiu Mário Nunes.

Para além do candidato do PS, o PSD candidata Sónia Vidal, a CDU aposta em Fátima Pinhão e o Chega apresenta Ricardo Filipe como cabeças-de-lista à Câmara Municipal de Soure.

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