Coimbra

Marcha pela vida independente acontece em Coimbra pela primeira vez

Notícias de Coimbra | 2 semanas atrás em 29-04-2024


Assinala-se a 5 de Maio o Dia Europeu da Vida Independente, com concentrações e marchas por todo o país. Em Coimbra, há concentração pela primeira vez.

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Na data em que se celebra a deficiência como expressão da diversidade humana e o orgulho pela comunidade, reivindicam-se também os direitos ainda por garantir.

Este ano, o Coletivo VIM — Vida Independente em Marcha, que integra cerca de 250 pessoas com deficiência, organiza marchas e concentrações em vários pontos do país. Conta ainda com o apoio de coletivos e organizações de diversos movimentos sociais, que se uniram com o objetivo comum de luta por direitos humanos, tais como Centro de Vida Independente, PATH Coimbra, Comemorações do 25 de Abril de Coimbra, Teatrão, rede ex aequo, entre outras.

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“Acreditamos profundamente que a união e o apoio entre movimentos sociais é fundamental para alcançar uma sociedade digna, livre e autodeterminada.”, defende o coletivo.

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Dinamizada pela primeira vez em Portugal em 2018, a Marcha pela Vida Independente leva as pessoas com deficiência a tornar visível a sua realidade, os seus corpos e a sua luta, em vários pontos do país. Nesta 7.ª edição, as concentrações iniciam à mesma hora, pelas 15h30, em todas as cidades (à exceção dos Açores, 10h). Em Coimbra será na Praça 8 de Maio, em formato de concentração.

“A atual situação política é preocupante porque não há sinais claros de se inverter o paradigma assistencialista no sentido da desinstitucionalização e de uma aposta clara na vida independente.”, explica a organização. Esta é uma das principais reivindicações do Coletivo VIM — Vida Independente em Marcha.

O fim de medidas assistencialistas e institucionalizadoras justificadas pela alegada insuficiência orçamental e falta de alternativas do Estado Português, é uma das reivindicações presentes no manifesto do colectivo.

“Não aceitamos que se continue a delegar nas famílias a responsabilidade da manutenção da nossa sobrevivência, retirando a oportunidade de ter vida própria. Não aceitamos estar aprisionados por força das barreiras atitudinais, linguísticas e físicas que a sociedade nos impõe e insiste em ignorar. Não aceitamos continuar invisíveis e impedidos de participar ativamente na vida em comunidade”, pode ler-se no manifesto.

“Coimbra tem uma longa tradição de resistência e luta pela liberdade. No entanto, nós, pessoas com deficiência, permanecemos esquecidas e excluídas do espaço público. É tempo de reivindicar aquilo que é nosso por direito e acabar com o ciclo de exclusão que impera na cidade.”, conclui o coletivo.

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