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Manuel Machado não acredita num resultado do tipo grego em Portugal

Notícias de Coimbra | 9 anos atrás em 29-01-2015

A embaixadora do Reino Unido em Portugal, Kirsty Hayes, visitou ontem Coimbra, pela primeira vez, e foi recebida na Câmara Municipal pelo presidente, Manuel Machado.

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A autarquia informa-nos que depois de ter ouvido um retrato histórico, social, económico e cultural da cidade e do concelho, a diplomata mostrou curiosidade em relação ao futuro político do país.

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O presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) começou então por lhe referir a sua filiação no PS, longa de 40 anos, para afirmar que “o Governo português hoje não tem liderança capaz de vencer a crise”.

Manuel Machado verberou a “colagem do Governo ao diretório que manda na União Europeia” e acrescentou: “O Governo português é demasiado obediente; eu esperava que ele fosse mais rebelde.” Instado pela embaixadora britânica a revelar a sua previsão sobre as próximas eleições legislativas, o autarca respondeu: “É minha convicção que o PS vai ganhar; não sei se vai conseguir maioria absoluta”, antevendo ainda que, caso essa maioria absoluta não se verifique, “será possível estabelecer um acordo de incidência parlamentar”.

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Para os eventuais preocupados com a vitória do Syriza na Grécia, o presidente da CMC recordou que o Brasil já assistiu a um processo parecido, com a chegada de Lula da Silva ao poder. O autarca não acredita que um fenómeno semelhante ao da Grécia se reproduza em Portugal. Na sua opinião, Marinho e Pinto ou o partido Livre “não vão lá”. “Eu sou amigo de Marinho e Pinto, ele é um bom comunicador, um agitador, mas é um democrata”, avaliou. Já no caso do Livre, vaticina uma futura associação a um partido de maior dimensão.

Kirsty Hayes quis também conhecer as respostas de Coimbra à crise. Entre outros aspetos, Manuel Machado explicou que, por exemplo, um aluno formado num estabelecimento de ensino superior da cidade, que queira lançar a sua empresa, dispõe de um “ecossistema” completo, desde a incubadora do Instituto Pedro Nunes, “uma das melhores do mundo” e da qual a CMC é acionista, até ao iParque, neste último caso destinado a firmas que atingiram um patamar de maturidade.

Para Kirsty Hayes trata-se de uma boa solução. A embaixadora britânica citou o contexto de Inglaterra, cuja economia “está muito melhor do que antigamente”, e onde se valoriza muito “a ligação entre as universidades e as empresas”. “Temos centros que catapultam empresas e que tiveram muito sucesso”, afirmou. Para Manuel Machado, a diferença de terminologia entre os dois países – o facto de em Portugal se usar a palavra incubadora e em Inglaterra se destacar o efeito catapulta – não deixa de ser interessante.

Por fim, a diplomata destacou que há cada vez mais britânicos que, em Portugal, escolhem a Região Centro para se radicarem. Na sua perspetiva, tal deve-se ao facto de esta área “ser muito linda” e por “as casas não serem tão caras como em outras regiões, como é o caso do Algarve”. Por seu turno, Manuel Machado convidou Kirsty Hayes a visitar Coimbra “com mais tranquilidade”, proposta que mereceu resposta positiva por parte da embaixadora.

 

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