Política

Luís Montenegro diz que “verdadeira etapa começa dia 11”

Notícias de Coimbra | 2 meses atrás em 03-03-2024

O presidente do PSD afirmou hoje que “a verdadeira etapa” do seu plano político começa no dia seguinte às eleições, e insistiu que não se vai distrair com “pequenos episódios” nem veio para “os jogos das políticas”.

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Num comício em Viseu, num espaço com 1.200 lugares sentados, Luís Montenegro passou em revista os principais compromissos da AD (coligação que junta PSD, CDS-PP e PPM), com um especial destaque aos compromissos para os jovens, por um lado, e para reformados e pensionistas, por outro.

“Este plano é mesmo para mudar o país, este plano não é para ganhar as eleições. Evidentemente que, para mudar o país é preciso ganhar as eleições, mas o nosso plano político não se vai esgotar no domingo, domingo é só uma pequena etapa, a verdadeira etapa começa segunda-feira, dia 11” de março”, declarou.

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Numa mensagem que tem sido recorrente, Luís Montenegro afirmou que na campanha eleitoral “há muita gente entretida com outras coisas”, mas assegurou que não o vão demover do seu objetivo.

“O meu grande objetivo não é falar das pequenas coisas, dos pequenos episódios, é explicar a Portugal que nós temos tudo na nossa mão para sermos um país mais próspero e, sendo mais próspero, mais justo”, afirmou.

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Montenegro acrescentou que não veio para “os jogos das políticas” nem para “as notícias de jornais ou telejornais”.

“Nós viemos para dar felicidade a cada ser humano e a cada português, entretenham-se outros com aquilo que é acessório”, disse, numa intervenção em que nunca se referiu ao seu principal adversário político, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos.

No entanto, antes de Montenegro, o líder do CDS-PP, Nuno Melo, o cabeça de lista da AD por Viseu, António Leitão Amaro, e o presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, dedicaram grande parte dos seus discursos a criticar quer Pedro Nuno Santos, quer o primeiro-ministro António Costa, alguns recorrendo alguns a metáforas futebolísticas, em noite de jogo entre o Futebol Clube do Porto e o Benfica.

Numa intervenção de cerca de 20 minutos, Montenegro repetiu o seu “compromisso inalienável” com os reformados e pensionistas de atualizar todos os anos “sem exceção” as pensões de acordo com a lei; atualizar mais as pensões mais baixas “dentro da medida do possível”; e, no período da legislatura, garantir que “quem for pensionista e não tiver rendimentos suficientes verá complementado o valor da sua reforma” até atingir os 820 euros.

“Está estudado, está orçamentado e estou em condições de dizer está garantido”, repetiu, reiterando que não ficará como primeiro-ministro se não cumprir a sua palavra.

Em Viseu, quis recordar uma conversa com uma senhora na Feira de São Mateus, quando começou a iniciativa “Sentir Portugal”, que lhe disse a chorar que o filho enfermeiro tinha decidido naquele dia ir trabalhar para o estrangeiro.

“Nunca mais me esqueci da mensagem que ela me transmitiu agarrando-me e dizendo: espero que faça alguma coisa para que as mães de Portugal não tenham de passar por aquilo que eu estou a passar”, disse.

O líder do PSD reiterou o objetivo de “estancar esta hemorragia de capital humano que está a prejudicar o presente e o futuro de Portugal”.

“Mães ou avós, pais ou avôs, de facto esta sociedade, este país que temos hoje está a afastar as famílias, está a desperdiçar o maior capital que nós temos, os mais jovens”, criticou-.

Montenegro, que antes de começar o discurso até cantou o hino da campanha com a plateia, esteve hoje sempre acompanhado pela mulher, num dia em que a caravana da AD começou ao lado do ex-presidente do PSD Pedro Santana Lopes na Figueira da Foz, seguido de um almoço-comício em Coimbra.

No círculo de Viseu, que elege oito deputados, o PSD conseguiu quatro em 2022, tantos como o PS, mas perdeu o primeiro lugar em votos neste distrito em tempos conhecido como “Cavaquistão”, pelas votações expressivas aqui obtidas quando Cavaco Silva liderava o partido.

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