Economia

Luís Montenegro desafia Governo para compromisso de “15 ou 20 anos” sobre IRS jovem

Notícias de Coimbra com Lusa | 8 meses atrás em 14-09-2023

O presidente do PSD disse hoje estar disponível para assinar um compromisso com o Governo “para 15 ou 20 anos” para que o IRS dos jovens até 35 anos não suba além dos 15%.

PUBLICIDADE

No final da reunião da bancada do PSD, Luís Montenegro assegurou que o partido vai levar a votos na próxima semana as suas propostas de redução fiscal, dizendo ser “a última oportunidade” para o Governo baixar o IRS ainda este ano.

Por outro lado, transmitiu aos deputados para assumirem um compromisso em seu nome nesse debate.

PUBLICIDADE

“No debate de dia 20, podem dizer ao Governo, ao PS e ao primeiro-ministro que, enquanto líder do PSD, estou disposto a assinar um compromisso em nome do PSD para que nos próximos 15 ou 20 anos não haja taxas de imposto sobre rendimento para as pessoas singulares até 35 anos superiores a 15%”, disse, referindo-se à proposta do PSD de baixa do IRS jovem.

Para Montenegro, esse compromisso permitiria que esta proposta não fosse apenas conjuntural: “Quero que estruturalmente, estrategicamente, os jovens portugueses saibam que nos primeiros 12, 14 ou 15 anos da sua vida ativa não terão um imposto superior a 15% e pagarão um terço do que pagam hoje”, disse.

PUBLICIDADE

publicidade

“Que não seja como estas medidas de remedeio e de remendo que o dr. António Costa inventa de andar a dormir em pousadas ou a viajar de comboio”, criticou.

O PSD pretende reduzir as taxas de IRS para os jovens até aos 35 anos para um máximo de 15% (à exceção do último escalão) a partir de 01 de janeiro de 2024.

“Com este regime, e à exceção do último escalão, as taxas marginais de IRS para os jovens são reduzidas para 1/3 das taxas atuais, com um máximo de 15% no penúltimo escalão”, explicam os sociais-democratas, no projeto-lei que levarão a debate na próxima quarta-feira.

Após a reunião da bancada, Luís Montenegro reiterou o desafio ao Governo para que baixe o IRS já em 2023, e rejeitou que o partido apenas apresente propostas de redução fiscal na discussão orçamental, como sugeriu o primeiro-ministro e o PS.

“Com certeza que vamos levar a votos já. Se não houver baixa de impostos em 2023, é porque o Governo não quis”, disse, considerando que “não é moral” o que está a ser cobrado a mais aos portugueses.

No Orçamento, adiantou, o partido apresentará outras propostas fiscais “não apenas no IRS, noutros impostos”.

“Se o PS não quer, é porque tem uma sensibilidade que apenas se faz ouvir quando há eleições”, criticou, dizendo que “a classe média não pode ser o parente pobre da política portuguesa”.

Questionado sobre o desafio do Chega para que PSD aprove uma contribuição extraordinária sobre a banca, Montenegro remeteu para as propostas apresentadas pelo PSD em fevereiro e disse que o que o Governo se prepara para aprovar, em matéria de crédito à habitação, ficará aquém da solução dos sociais-democratas.

“A solução que o Governo vai apresentar é mais ou menos metade da que rejeitou quando foi apresentada pelo PSD: a nossa visava que as prestações do crédito à habitação pudessem ficar congeladas durante cinco anos e a parte remanescente ser paga ou no fim do crédito ou até negociando com bancos um aumento de maturidades”, disse.

Related Images:

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE