Política

Luís Graça Oliva lidera movimento independente em Castanheira de Pera

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 31-08-2021

O gestor de empresas Luís Graça Oliva é o cabeça-de-lista do movimento independente “Mudar Castanheira 21” à Câmara de Castanheira de Pera, no distrito de Leiria.

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“Acabei por ser incentivado por pessoas de vários quadrantes políticos para avançar com uma candidatura face à constatação de que as propostas políticas que se apresentavam para as próximas eleições não se afiguravam diferentes ou com maiores capacidades do que as atuais”, afirmou hoje à agência Lusa o candidato, explicando que “daí nasce o Movimento independente ‘Mudar Castanheira 21’”.

Entre as prioridades da candidatura, Luís Graça Oliva referiu a definição “de uma estratégia a médio e longo prazos que tem de passar pela sustentabilidade, por um concelho que seja uma referência ambiental do país”.

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“Dadas as condições naturais que temos, devemos aproveitá-las e desenvolver o concelho nesse sentido”, defendeu, adiantando a importância de aproveitar, também, a História do município, na qual se destaca a Real Fábrica do Gelo, em Santo António da Neve.

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Por outro lado, o candidato apontou a reorganização dos serviços municipais.

“Reorganizar a casa, mobilizar as pessoas, atribuir pelouros e autonomia, e responsabilizar pelos resultados”, continuou, para acrescentar o apoio às coletividades e associações.

“Se queremos que o concelho seja ligado à natureza temos de ter as aldeias vivas, que estão muito abandonadas face ao despovoamento”, sublinhou.

Considerando ser necessário combater a sazonalidade do turismo, Luís Graça Oliva reconheceu que “a Praia das Rocas é uma referência, mas tem apenas atividade dois meses e meio por ano”, e que o concelho tem de “ter turismo o ano inteiro”.

Neste âmbito, salientou que “o turismo da natureza é fundamental”.

“Temos de ter condições para as pessoas virem o ano inteiro e, assim, alimentar o alojamento, a restauração e toda a atividade económica do concelho”, declarou.

Sobre o atual mandato, o cabeça-de-lista afirmou que, “infelizmente, foi um mandato sem evolução”, salientando que “se fez muito pouco para as necessidades do concelho, como mostra a taxa de execução de 2020, que foi inferior a 40%”.

“A Câmara tem dinheiro no banco, mas não fez obra, porque não há projetos em carteira, não tem um gabinete de projetos, não tem um arquiteto”, exemplificou.

Luís Graça Oliva é filho do ex-presidente da Câmara de Castanheira de Pera Graça Oliva e antigo árbitro internacional de futebol (1937-2001), que em 1989 ganhou, por um voto, o município, então socialista, para o PSD.

Membro da Assembleia Municipal, independente eleito pelo PSD, o candidato é presidente do conselho de administração da Ribeirapera, Sociedade para o Desenvolvimento de Castanheira de Pera, que tem como sócio maioritário o município e gere o Parque Industrial do Safrujo.

“Houve zero apoio da câmara [no parque], houve falta de estratégia e visão”, disse Luís Graça Oliva, frisando que “as empresas têm de ter sítio e condições para trabalhar” e que “este foi mais um fator que levou” ao lançamento da candidatura independente.

O cabeça-de-lista frisou que “esta não é uma candidatura contra ninguém e que reúne um conjunto e castanheirenses de várias origens sociais e políticas, cujo único interesse é desenvolver o concelho”.

Nas eleições autárquicas de 2017, o PSD, liderado por Alda Carvalho, conquistou o município ao PS, com os sociais-democratas a obterem três de cinco mandatos, cabendo aos socialistas os restantes dois.

Este ano, o nome de Luís Oliva foi aprovado, por unanimidade, na concelhia do PSD, como candidato à Câmara, numa votação que incluía a atual presidente do município.

Alda Carvalho foi o nome homologado pela Comissão Política Nacional do PSD, o que levou à demissão em bloco da concelhia de Castanheira de Pera.

Além de Alda Carvalho (PSD/CDS-PP) e Luís Graça Oliva (“Mudar Castanheira 21”), são também candidatos às eleições autárquicas marcadas para 26 de setembro António Henriques (PS) e Rui Baltazar (CDU).

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