Comissão vai estudar a sustentabilidade da II Liga

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 07-03-2018

O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) disse hoje, em Coimbra, que o organismo vai apresentar dentro de 60 dias um novo modelo de governação e criar uma comissão para estudar a sustentabilidade da II Liga.

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Pedro-Proença

No final da primeira Cimeira de Presidentes do seu mandato, sem a presença do líder do Sporting, que durou cerca de três horas, Pedro Proença disse que a Liga recebeu um sinal de que “será altura” de alterar o modelo de governação que foi aprovado na última revisão estatutária de 2015.

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“Porque a realidade é outra e a Liga vive um momento de sustentabilidade completamente diferente para melhor, será altura de poder repristinar o novo Conselho de Presidentes e foi isso que foi pedido ao presidente da Liga, que faça essa ponderação e reflexão”, referiu.

Salientando que a LPFP tem muitos desafios pela frente no próximo ciclo de quatro anos, Pedro Proença considerou que a reunião de hoje foi um “momento de agregação, onde as pessoas puderam expor, sem receios e sem tabus, aquilo que são os seus pontos de vista”.

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“Numa primeira fase fizemos a reflexão e a ponderação de mais de dois anos desta direção. Os sinais foram muito positivos, com uma confiança total relativamente a esta direção da Liga”, congratulou-se.

Segundo o presidente da LPFP, na reunião de hoje foi discutida a possibilidade de se alterar o modelo de governação e o modelo da II Liga, com ou sem equipas B, numa conversa “muito produtiva e construtiva”.

“Hoje foi possível discutir o retorno económico-financeiro do posicionamento das equipas B e perceber a vantagem que é para as equipas de natureza de II Liga terem assim na sua competição a marca dos grandes clubes”, frisou.

De acordo com Pedro Proença, até à assembleia geral de 29 de março vai haver uma comissão que possa estudar o modelo “que melhor possa defender não só as equipas B, as de natureza de II Liga, mas fundamentalmente a sustentabilidade da II Liga”.

Confrontado pelos jornalistas, o presidente da Liga escusou-se a comentar casos jurídico-desportivos, como a detenção do responsável jurídico do Benfica e a investigação à segunda parte do Estoril-FC Porto, pedindo que a justiça faça o seu trabalho e seja célere, “culpabilizando os que tiverem de ser culpabilizados e deixando de lado os inocentes”.

O presidente do Marítimo, Carlos Pereira, disse hoje, em Coimbra, que os clubes das I e II ligas deram um passo importante para alterar o modelo de governação da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP).

O líder do clube insular referiu que os clubes deram “um passo importante para o que será a nova governação e aquilo que é o modelo de negócio pretendido para a Liga nos próximos anos”.

“Os clubes querem um modelo de negócio que seja muito mais rentável para as instituições, se nós repararmos no modelo e também nos valores do mercado europeu com o mercado português veremos logo que alguma coisa terá de ser feita”, frisou.

Carlos Pereira elogiou a aproximação do presidente da LPFP aos clubes e sublinhou que “aquilo que foi anulado, que era o Conselho de Presidentes, deve ser retomado, porque todos têm uma palavra e um contributo importante a dar ao futebol português”.

Em representação dos clubes da II Liga, o presidente do Penafiel, António Gaspar Dias, disse que atualmente não existe “ninguém” a competir naquele escalão que seja “radicalmente contra a inclusão das equipas B”.

“Os clubes da II Liga e da I Liga manifestaram-se no sentido de que as equipas B devem continuar e permanecer na II Liga”, frisou o dirigente do emblema duriense.

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