Justiça

Leiria favorável a fecho do Mandarim. PSP investiga agressões

Notícias de Coimbra | 11 meses atrás em 20-06-2023

O presidente da Câmara de Leiria disse hoje ser favorável ao encerramento da discoteca Mandarim  junto à qual ocorreram na madrugada de domingo agressões se essa for a solução do Ministério da Administração Interna.

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“A Câmara não tem competência para encerrar, mas, caso seja apresentada essa solução por parte do Ministério da Administração Interna, concorda com essa medida de polícia”, afirmou Gonçalo Lopes à agência Lusa, em Porto de Mós, à margem de uma reunião de comunidades intermunicipais.

Segundo o autarca, se esta medida for tomada e se for solicitado parecer ao município, este “será favorável a esse encerramento”.

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A Polícia de Segurança Pública (PSP) está a investigar agressões na madrugada de domingo junto de um estabelecimento de diversão noturna na cidade de Leiria e cujas imagens estão a circular nas redes sociais.

Num comunicado, a PSP informou que pelas 02:40 de domingo foi pedida a presença da Polícia “por terem ocorrido agressões entre vigilantes e clientes” do estabelecimento.

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“À chegada dos meios policiais já não estava a ocorrer qualquer situação de agressões”, referiu a PSP, explicando que “foram identificadas as vítimas e testemunhas da ocorrência, já não se encontrando no local os suspeitos das agressões”.

No mesmo comunicado, a PSP adiantou que, no mesmo dia, “foi detetado que circulava nas redes sociais um vídeo em que é possível visualizar as agressões, permitindo acrescentar mais informação ao processo”.

“De realçar que parte da rua onde ocorreram as agressões está coberta pelo sistema de CCTV [videovigilância] da cidade de Leiria, revelando-se uma grande mais-valia no apoio à atividade policial no terreno”, assinalou.

No vídeo, a que a Lusa teve acesso, é possível ver duas pessoas deitadas no chão a serem agredidas na via pública, nas imediações do estabelecimento.

Na sua página no Facebook, a empresa proprietária do espaço esclareceu que “apenas uma das pessoas visíveis na situação [vídeo] é prestadora de serviços de segurança no seu estabelecimento”, esclarecendo que “já comunicou à empresa prestadora de serviços de segurança a [sua] cessação de funções”.

Garantindo que “os restantes intervenientes nos desacatos visíveis no referido vídeo não têm qualquer vínculo” com a empresa, esta destacou ainda que “repudia profundamente situações como as visíveis nas imagens tornadas públicas e tomará medidas imediatas para evitar que tais distúrbios da ordem pública possam voltar a ser indevidamente associados aos seus estabelecimentos”.

O presidente da Câmara adiantou que escreveu ao ministro da Administração Interna sobre este “momento de alguma preocupação relativamente à segurança e à tranquilidade pública” e defendeu a reposição da paz e segurança.

Gonçalo Lopes solicitou ainda que seja avaliado o histórico deste tipo de acontecimentos, assim como a segurança rodoviária nas imediações daquele espaço, além do apuramento de “todas as responsabilidades” e “tomadas medidas urgentes”.

“Quando assistimos a momentos de violência extrema como aquele que se registou com aquela gravação de vídeo é algo que deve preocupar qualquer autarca e qualquer cidadão. Poderia ter resultado numa tragédia bem pior”, alertou.

O comandante distrital de Leiria da PSP, José Figueira, declarou que esta ocorrência envolveu pessoas daquele estabelecimento, entre clientes e funcionários, mas também “funcionários de outros estabelecimentos” sediados na mesma artéria.

“Estamos a averiguar, vamos anunciar medidas em breve e vamos repor a ordem e a tranquilidade na cidade de Leiria”, assegurou.

A Lusa questionou o Ministério da Administração Interna, mas ainda não obteve resposta.

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