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Tribunais

Ladrões que roubaram carrinha de valores em Poiares pedem desculpa

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 21-09-2021

O Tribunal de Coimbra começou hoje a julgar três homens e três mulheres, acusados de assaltar uma carrinha de valores, em novembro do ano passado, em Vila Nova de Poiares. Só dois dos arguidos prestaram declarações e usaram da palavra para assumir o roubo, pedindo “desculpa pelo pânico” que causaram. 

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Dois homens, de 33 e 44 anos, admitiram perante o coletivo de juízes ser os únicos responsáveis pelo assalto a uma carrinha de valores, em novembro do ano passado, junto ao Minipreço de Vila Nova de Poiares. Os outros arguidos, um homem, de 31 anos, e três mulheres, com idades entre os 23 e os 27 anos, ficaram em silêncio. 

Dos dois que prestarem declarações na primeira sessão do julgamento, foi o mais novo que mais informações deu ao tribunal. “Ninguém mais sabia de nada, a minha esposa estava grávida e eu não ia colocá-la em risco”, garantiu. Ao contrário do que é referido na acusação, disse que não estava armado e que usou um telemóvel para intimidar o funcionário da empresa de transporte de valores. “Não tinha nenhuma arma, tinha um [gorro] passa montanhas e um telemóvel. Quando me viu [o funcionário] largou as malas com o dinheiro e fugiu para dentro do Minipreço”, relatou.

“O que combinámos foi nunca usar armas, nem fazer mal a ninguém”, afirmou o arguido que está em prisão preventiva, assumindo ter “consciência que causou pânico” ao trabalhador.

Reconhecendo que teve a ideia do assalto, o arguido disse que na altura “andava a consumir cocaína e estava com uma depressão”. Justificou que as conversas sobre o roubo com o outro assaltante começaram porque este também era consumidor de estupefacientes. “Quero pedir desculpa por isto tudo, estou arrependido”, sustentou.

O outro arguido que confessou o crime concordou com as declarações do amigo e acrescentou que decidiu praticar o assalto porque devia dinheiro a um vendedor de droga. “Não usámos nenhuma arma de fogo. Tenho consciência do que fiz e quero pedir desculpa”, afirmou.

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O assalto rendeu 30 mil euros, o dinheiro foi recuperado pela Polícia Judiciária cerca de um mês depois em buscas domiciliárias na zona da Grande Lisboa.

Ainda nesta primeira sessão do julgamento, os dois assaltantes confessos estabeleceram um acordo de pagamento em prestações com a Caixa de Crédito Agrícola, proprietária do dinheiro furtado. O banco desistiu da queixa contra os restantes quatro arguidos.  

Para concretizar o roubo, os assaltantes usaram um carro furtado na zona do Porto que depois incendiaram e abandonaram já no concelho da Lousã. 

Os três homens encontram-se em prisão preventiva. As mulheres estão em liberdade. O julgamento prossegue no Tribunal de Coimbra. 

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