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Kiev denuncia bombardeamento de edifício da Cruz Vermelha em Mariupol

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 30-03-2022

Um prédio do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) foi alvo de bombardeamentos russos em Mariupol, um porto estratégico no sudeste da Ucrânia, denunciaram hoje as autoridades ucranianas.

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“Os ocupantes bombardearam deliberadamente um prédio do CICV em Mariupol”, escreveu na sua conta da rede social Telegram Lioudmyla Denisova, responsável pelos direitos humanos no Parlamento ucraniano.

“Aviões e artilharia inimigos bombardearam o prédio, marcado com uma cruz vermelha sobre fundo branco, o que equivale à presença de feridos, civis ou materiais humanitários”, acrescentou Denisova, ilustrando a mensagem com uma foto de um prédio marcado com uma cruz vermelha no telhado.

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Esta informação não é verificável a partir de fontes independentes e Mariupol está sitiada pelo exército russo desde o final de fevereiro, com comunicações limitadas.

Neste porto estratégico do Mar de Azov, cerca de 160.000 civis permanecem retidos em abrigos sem eletricidade, sem comida e sem água, de acordo com vários meios de comunicação social.

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As condições para lançar nos próximos dias uma operação humanitária para ajudar os habitantes de Mariupol “não estão reunidas nesta fase”, anunciou na terça-feira à noite a presidência francesa, após uma nova conversa telefónica entre os presidentes francês, Emmanuel Macron, e russo, Vladimir Putin.

Numa iniciativa conjunta com a Turquia e a Grécia, Macron pediu para que fosse organizada uma evacuação da cidade, mas Vladimir Putin considera que tal operação exigiria que “combatentes nacionalistas ucranianos terminassem toda a resistência e depusessem as armas”, de acordo com um comunicado do Kremlin, emitido na noite de terça-feira.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.179 civis, incluindo 104 crianças, e feriu 1.860, entre os quais 134 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 3,9 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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