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Jovem encaminhada para Coimbra: Médica confunde dor muscular com trombose venosa profunda
A mãe de uma jovem, de 17 anos, acusa o Hospital de Leiria de “total negligência” no atendimento da filha, por a médica de serviço na Urgência Pediátrica ter desvalorizado as queixas e diagnosticado uma “dor muscular” na perna direita, quando na verdade se tratava de uma “trombose venosa profunda com tromboembolismo pulmonar”.
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Obrigou a adolescente a um internamento de dez dias no Hospital Pediátrico de Coimbra.
O caso “já está a ser averiguado internamente”, disse ao Correio da Manhã a Unidade Local de Saúde da Região de Leiria, a que pertence o hospital, adiantando que “lamenta o sucedido e tudo fará para esclarecer a situação e tomar as medidas de melhoria necessárias”.
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“O que começou com uma dor na virilha tornou-se um verdadeiro pesadelo”, contou a mãe ao jornal, adiantando que a filha passou a noite com “muitas dores na perna direita e no baixo ventre”, além de vómitos. Na manhã seguinte, levou a menina à Urgência Pediátrica do Hospital de Leiria, onde foi medicada com ibuprofeno e enviada para casa, com indicação para subir e descer escadas e voltar cinco dias depois para ser reavaliada.
“Desvalorizaram completamente o estado em que a Alice tinha a perna e atribuíram o inchaço, a coloração e a rigidez a uma lesão muscular”, disse. E como não ficou “descansada nem convencida com o diagnóstico”, levou a filha à urgência.
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“Na triagem, o enfermeiro assim que viu a Alice percebeu que algo de errado se passava, trocou a pulseira amarela que lhe colocaram em Leiria por uma laranja e encaminhou-a para um gabinete médico”, explicou. A menor fez vários exames (ecodoppler e angio-TAC) que confirmaram a suspeita de trombose venosa profunda com tromboembolismo pulmonar e só teve alta dez dias depois. Recuperou, mas ainda tem a perna inchada, pode ler-se.
“A minha filha correu risco de vida”, diz, frisando que além de ter a perna direita inchada, dura, fria, arroxeada e sem reação ao toque, tinha dores no peito ao respirar e vómitos. Fez queixa no hospital e à Entidade Reguladora da Saúde, para que o caso seja averiguado. Diz ser “evidente que houve negligência” e frisa querer “alertar para que mais nenhum jovem passe por uma situação como esta”.
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