A Infraestruturas de Portugal (IP) vai realizar um “levantamento técnico exaustivo” das necessidades da Estrada Nacional 2 (EN2), que liga Chaves a Faro, para melhorar as condições de segurança do traçado, revelou hoje o Governo.
Em comunicado, o Ministério das Infraestruturas e Habitação indica que, no âmbito da viagem realizada pelo ministro Miguel Pinto Luz nos últimos dias pela EN2, já foram tomadas algumas decisões, nomeadamente mandatar a IP para fazer o levantamento das necessidades da estrada que percorre mais de 700 quilómetros, unindo o Norte e o Sul do país.
Além da melhoria das condições de segurança do traçado, pretende-se requalificar os marcos e bermas, criar parques para autocaravanas e ‘motards’ e outras zonas de descanso, melhorar a sinalética informativa “para destacar a oferta cultural, patrimonial e gastronómica de cada concelho, em conjunto com o Turismo de Portugal”, além de “construir marcos de maior dimensão no quilómetro zero e no quilómetro 738 que assinalam o início e o fim do percurso da EN2 em Chaves e Faro, respetivamente”, indica o Ministério.
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Tal como Pinto Luz anunciou durante a viagem que fez pela EN2, que começou na terça-feira em Chaves e terminou hoje no Algarve, também será requalificado o troço entre os quilómetros 425 e 467,9, nos distritos de Santarém e Portalegre, que atravessa os concelhos de Abrantes, Ponte de Sor e Avis.
O objetivo da empreitada, que representará um investimento de 10 milhões de euros, será reforçar as condições de segurança e circulação deste troço, cujo estado de conservação é considerado “insatisfatório”, recorda o Ministério.
Já no distrito de Faro, será reposta a plataforma rodoviária ao quilómetro 710 da EN2, em São Brás de Alportel, “na sequência do abatimento do pavimento provocado por fenómenos geotécnicos associados às intempéries registados no inverno passado”, lê-se na nota.
Citado no comunicado, o ministro das Infraestruturas e Habitação salienta o “diálogo permanente” do Governo com “os representantes do poder local – tenham a cor política que tiverem”, como “ficou patente nestes 738 quilómetros percorridos, ao longo de 35 concelhos”.
Segundo o Ministério das Infraestruturas e Habitação, entre as preocupações transmitidas pelos autarcas está a necessidade de desclassificar troços urbanos da EN2, a necessidade de uma decisão quanto ao traçado do Itinerário Principal 3 (IP3) em perfil de autoestrada entre Coimbra e Mortágua e a construção de um acesso da autoestrada 2 (A2) ao futuro heliporto de serviço de emergência de Vila de Rei.
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