Tribunais

Interrogatório a Custódio Correia recomeçou no Campus da Justiça

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 meses atrás em 01-02-2024

Imagem: Facebook

O interrogatório de Custódio Correia, um dos três detidos no âmbito de um processo de corrupção na Madeira e principal acionista do grupo ligado à construção civil Sociocorreia, recomeçou hoje, pelas 09:45, disse fonte judicial.

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Em declarações aos jornalistas à porta do Tribunal Central de Instrução Criminal, no Campus de Justiça, em Lisboa, a funcionária judicial avançou que o interrogatório teve início pelas 09:45.

O interrogatório a Custódio Correia teve início na quarta-feira, uma semana depois da detenção dos três suspeitos, somente pelas 19:30, tendo os trabalhos sido interrompidos às 20:00.

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Além de Custódio Correia, estão detidos o agora ex-presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado (PSD), e Avelino Farinha, do grupo AFA.

À chegada ao tribunal esta manhã, o advogado André Navarro de Noronha, que representa o empresário, disse aos jornalistas esperar que o interrogatório de Custódio Correia terminasse hoje.

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“Isto tem o seu tempo, não tem de ser da parte da manhã, esperava sinceramente, atendendo que a matéria não é assim tanta, que durante o dia de hoje terminasse [o interrogatório]”, afirmou.

Questionado acerca de quanto tempo durará o interrogatório o advogado respondeu não fazer ideia.

André Navarro de Noronha adiantou também que o seu cliente “irá colaborar com tudo, responder a todas as perguntas que lhe fizerem”.

Apesar da greve dos funcionários judiciais às horas extra, os trabalhos hoje no tribunal vão decorrer outra vez até às 20:00 graças “à boa vontade” dos funcionários, conforme adiantou aos jornalistas a fonte judicial.

Pedro Calado, que formalizou na segunda-feira a renúncia ao cargo de presidente da maior câmara da Madeira, Custódio Correia e Avelino Farinha foram detidos em 24 de janeiro, na sequência de cerca de 130 buscas domiciliárias e não domiciliárias efetuadas pela Polícia Judiciária (PJ) sobretudo na Madeira, mas também nos Açores e em várias zonas do continente.

A operação também atingiu o presidente do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, que foi constituído arguido e oficializou na segunda-feira a renúncia ao cargo, que tinha anunciado na sexta-feira.

De acordo com documentos judiciais a que a Lusa teve acesso, o Ministério Público refere que o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque (PSD), o ex-presidente da Câmara Municipal do Funchal Pedro Calado (PSD) e o líder do grupo de construção AFA, Avelino Farinha, estabeleceram, “ao longo do tempo, uma relação de particular proximidade e confiança” que terá beneficiado aquele grupo empresarial “ao arrepio das regras da livre concorrência e da contratação pública”.

Entre os contratos alvo de investigação criminal, de acordo com os documentos judiciais estão a concessão de serviço público de transporte rodoviário de passageiros na ilha da Madeira, a concessão do Teleférico do Curral das Freiras, o projeto da Praia Formosa e o Funchal Jazz 2022-2023.

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