Governo

Incêndios: Governo vai nomear diretores para os parques naturais

Notícias de Coimbra com Lusa | 24 minutos atrás em 26-08-2025

O Governo vai alterar o modelo de gestão dos parques naturais com a nomeação de diretores que, no caso dos cinco principais, vão ser indigitados nos próximos dias, anunciou hoje a ministra do Ambiente e da Energia.

Em Arganil, no interior do distrito de Coimbra, onde eclodiu o maior incêndio de sempre em Portugal, Maria da Graça Carvalho disse aos jornalistas que os parques naturais vão ter, além do atual modelo de cogestão, um diretor que assegure uma gestão “mais direta e vertical e que possa tomar decisões de forma flexível e rápida”.

“Esta medida já estava a ser desenhada antes dos incêndios”, salientou a ministra, referindo que, no caso das áreas protegidas, a intenção é colocar no terreno mais técnicos do Instituto da Conservação da Natureza e da Floresta (ICNF).

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No caso dos cinco maiores parques – Peneda-Gerês, Serra da Estrela, Serra de São Mamede, Costa Vicentina e Serra da Arrábida – os diretores serão nomeados nos “próximos dias”, de acordo com a Maria da Graça Carvalho.

A ministra do Ambiente e da Energia adiantou que vão ser instaladas câmaras térmicas nos parques naturais que ainda não as possuem para que exista monitorização e controlo de temperatura para deteção precoce de focos de incêndio.

Para mitigar os efeitos da erosão, a governante anunciou intervenções urgentes nos solos florestais, nomeadamente a execução de barreiras de proteção e sementeiras nos próximos dias.

Nas declarações aos jornalistas, na Fraga da Pena, inserida na área protegida da Serra do Açor, Maria da Graça Carvalho disse ainda que, na reflorestação daquela zona, vão ser utilizadas espécies mais resistentes ao fogo.

O incêndio que começou no dia 13 de agosto em Piódão, no concelho de Arganil e que entrou em resolução no domingo, ao fim de 11 dias, atingiu a zona superior da Mata da Margaraça e a Fraga da Pena, na freguesia de Benfeita,

A sede de freguesia da Benfeita é uma aldeia de xisto do concelho de Arganil que fica próxima da Mata da Margaraça, uma das mais importantes florestas caducifólias nacionais.

Esta aldeia situa-se junto à Área de Paisagem Protegida da Serra do Açor, junto à Fraga da Pena.

O incêndio que deflagrou em Arganil apresenta a maior área ardida de sempre em Portugal, com 64 mil hectares consumidos, segundo o relatório provisório do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).

O fogo afetou também os concelhos de Pampilhosa da Serra e Oliveira do Hospital (distrito de Coimbra), Seia (Guarda) e Castelo Branco, Fundão e Covilhã (Castelo Branco).

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