Incêndios: Empresas turísticas com linha de apoio à tesouraria de 1,5 milhões de euros

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 19-07-2017

As empresas turísticas da região Centro com quebras na procura devido aos incêndios de junho têm a partir de hoje uma linha de apoio à tesouraria de 1,5 milhões de euros, informou hoje o Governo.

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“Neste momento foi o que identificámos [1,5 milhões de euros] para arranque da linha [de apoio] em função das necessidades que nos têm sido sinalizadas, mas vamos monitorizando e acompanhando para ver a evolução da situação”, explicou a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, à Lusa.

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Em trabalho com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), Turismo de Portugal, Turismo do Centro e a Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto (ADXTUR), a secretaria de Estado está a “monitorizar a evolução da procura e a implementar no terreno dois tipos de instrumentos de apoio”.

Entre os apoios, Ana Mendes Godinho referiu à agência Lusa ações de promoção e de apoio à tesouraria das empresas, para as “ajudar, neste momento, a garantir esta fase de eventuais quebras na procura que haja”.

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Fica ainda disponível uma linha telefónica (808 209 209) para que os empresários recebam informações sobre os apoios financeiros, decorrendo ainda esclarecimentos no terreno.

A linha de apoio à tesouraria “é 100% do Turismo de Portugal, sem intervenção dos bancos, o que permite que muito facilmente seja canalizada diretamente para responder à necessidade concreta das empresas”.

Este instrumento financeiro pressupõe uma carência de 18 meses e maturidade de cinco anos.

“Em simultâneo estamos também a alocar dois milhões de euros do programa Valorizar para a recuperação das infraestruturas públicas turísticas e para a normalização de um conjunto de produtos turísticos que foram afetados, como caminhos, sinalização”, informou.

Ana Mendes Godinho referiu também a dinamização de alguns eventos para “atrair, de alguma forma, a procura e para focar a atenção na região Centro neste momento”.

“O orçamento global no conjunto das operações será outro”, referiu a governante, acrescentando que em cada momento se implementam as medidas necessárias.

Dois grandes incêndios florestais começaram no dia 17 de junho em Pedrógão Grande e Góis, tendo o primeiro provocado 64 mortos e mais de 200 feridos. Foram extintos uma semana depois, depois de consumirem mais de 53 mil hectares.

Os fogos da região Centro afetaram aproximadamente 500 habitações, quase 50 empresas e os empregos de 372 pessoas.

Os prejuízos diretos dos incêndios ascendem a 193,3 milhões de euros, estimando-se em 303,5 milhões o investimento em medidas de prevenção e relançamento da economia.

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