Uma mulher, de 87 anos, estava na quarta-feira, dia 24 de janeiro, já há três dias nas urgências do Hospital Beatriz Ângelo (HBA) e sem vaga para ser internada.
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Chegou pelas 16:00 de segunda-feira com dispneia (falta de ar), mas só 22 horas depois foi vista pelos médicos, informa o Correio da Manhã.
Desde então tem estado sentada num cadeirão numa enfermaria das urgências, a inalar oxigénio. “Choca-me ela estar na urgência, sentada, com os pés muito inchados e sem tomar banho. Dá vontade de levar um balde para a lavar. Só lhe vestiram umas calças do hospital porque urinou na fralda e sujou as dela. Ao menos que a ponham numa maca”, desabafou a neta.
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Ao final do dia, já depois de o jornal questionar o hospital, foi colocada numa maca, mas continua nas urgências: “Fecham de noite e só há um médico.” Os exames detetaram uma infeção urinária e está a antibiótico, mas o motivo da dispneia não foi apurado.
A idosa sofre de Alzheimer, mas não foi autorizada a entrada de acompanhante. “Não sabe dizer se comeu, se bebeu, se lhe deram sopa, não sabemos nada e não deixam levar comida. Só vimos darem-lhe bolachas e iogurte e ela tem diabetes”, pode ler-se.
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A neta revoltada diz que a família “não tem condições para a pôr no privado.”
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