Saúde

“História de Natal – O doente invisível” frequentemente vivida nos hospitais

Notícias de Coimbra com Lusa | 5 meses atrás em 16-12-2023

O Natal é, tradicionalmente, um tempo de fraternidade e tolerância mas deverá ser também um tempo para lembrar a existência de situações de injustiça, discriminação, insensibilidade, agressão e desprezo.

PUBLICIDADE

E neste contexto, o Movimento Cívico Humanizar a Saúde (Coimbra) vem contar uma “História de Natal – O doente invisível” frequentemente vivida nos hospitais.

“Um homem contou que esteve deitado numa maca de um Serviço de Urgência durante 10 horas sem que alguém o visse, chamava, pedia ajuda,  muitos passavam mas ninguém olhava, ninguém reparava nele, não o viam, porque razão permanecia ali deitado há tanto tempo, sem uma informação, sem comer ou beber o que quer que fossene o homem sentiu-se invisível!, relata o médico João Pedroso de Lima.

PUBLICIDADE

publicidade

“Uma mulher disse que ficou num corredor durante toda uma longa noite, sentada numa cadeira (não havia macas), também no Serviço de Urgência muitos passaram por ela, falando alto e discutindo coisas que nada tinham que ver com a sua situação,  mas ninguém se importava com ela e a mulher sentiu-se invisível!”, conta o profissional.

Outro episódio relatado pelo médico é de “um jovem politraumatizado que esteve internado numa enfermaria, completamente imobilizado, sem se poder mexer. Na hora da refeição aparecia uma senhora que depositava um tabuleiro com comida ao fundo da cama e rapidamente desaparecia e ele, sem se poder mexer, completamente imobilizado, não tinha como alcançar a comida, ninguém o vinha ajudar, ninguém queria saber da sua particular situação”.

PUBLICIDADE

“A mãe de uma jovem internada e que por várias vezes se dirigiu pessoalmente ao hospital (por telefone não tinha conseguido que a atendessem) para tentar falar com os médicos sobre a condição da sua filha, mas nunca o conseguiu”.

João Pedroso de Lima recorda que “esta história de Natal (que é de todos os dias) devia acabar bem, como acontece com todas as histórias de Natal. Mas, tristemente, não é assim que termina e assim continuará”.

Related Images:

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE