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Guerra das audiências: TVI diz que está em causa o “apuramento da verdade e a assunção de eventuais responsabilidades”

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 23-06-2021

A TVI afirmou hoje que “não quer contribuir” para transformar a medição das audiências “numa fonte de atrito entre canais”, salientando que o que está em causa “é o apuramento da verdade e a assunção de eventuais responsabilidades”.

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Em comunicado, a TVI refere que “a notícia hoje publicada, em primeira mão, pelo Jornal Tal & Qual, posteriormente veiculada por diversos órgãos de comunicação social e confirmada oficialmente pela agência Lusa junto da Procuradoria Geral da República (PGR), diz respeito à abertura de um processo de investigação sobre suspeitas de uma eventual adulteração de audiências televisivas por parte da empresa GFK em favor do canal televisivo SIC”.

A estação de Queluz sublinha que se limitou “a noticiar uma investigação da PGR, confirmada oficialmente, como tantas vezes acontece em relação aos mais variados temas e assuntos” e que “é completamente falsa e sem sentido a acusação feita pelo grupo Impresa e SIC de que existiu má-fé por parte da TVI”.

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Aliás, “a TVI não quer contribuir para transformar este tema numa fonte de atrito entre canais televisivos, criando um ruído artificial para desviar as atenções do que é realmente importante”, sublinhando que “o que está em causa é o apuramento da verdade e a assunção de eventuais responsabilidades, caso essas existam”.

O grupo Media Capital e a TVI manifestam “total disponibilidade para colaborar com as autoridades numa investigação séria, rigorosa e serena”.

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A TVI “quer acreditar que todos os principais ‘players’ do setor do audiovisual e do meio televisivo nacional estão interessados na melhoria do sistema e dos mecanismos de regulação e medição das audiências em prol da transparência no setor” e, sobre isso, “tem veiculado à direção da CAEM [Comissão de Análise de Estudos de Meios] as suas reflexões críticas, por entender que este é o fórum próprio para que sejam analisadas e quaisquer medidas corretivas sejam implementadas”.

No seguimento da notícia de hoje do semanário Tal & Qual, que tem como título ‘Guerra das audiências a ferro e fogo: ‘Share’ da televisão de Balsemão na mira das autoridades’, a SIC e a Impresa informaram hoje, em comunicado, que “não estão a par de qualquer investigação, nem foram contactados pelas autoridades sobre o assunto”.

Além disso, “é absolutamente falsa, de má-fé e lesiva a acusação que o Tal & Qual e a TVI tentam fazer passar de concertação entre SIC e a empresa que mede as audiências para a CAEM [Comissão de Análise de Estudos de Meios], a GfK”, referem, em comunicado.

Salientam que, “tal como o resto do mercado, representado pela CAEM (que agrega anunciantes, agências e meios de comunicação social), exceto, aparentemente, a TVI, confiam no sistema de medição de audiências em vigor, algo que acontecia mesmo durante os anos em que a SIC não foi líder de audiências”.

A SIC e a Impresa “reservam-se no direito de recorrer aos meios legais ao seu dispor para defender a sua reputação”, concluem.

Contactada esta manhã pela Lusa, fonte oficial da PGR confirmou a “receção da denúncia em referência, a qual foi remetida ao DIAP de Lisboa, onde deu origem a um inquérito”, sendo que “o mesmo encontra-se em investigação”.

Também em comunicado, a CAEM salienta que, na sequência do artigo publicado pelo semanário Tal & Qual, “teve conhecimento da alegada existência de uma denúncia junto da PGR relativamente a uma suposta adulteração na medição das audiências televisivas e inerente falta de rigor da empresa GfK, responsável por esta atividade em Portugal”.

A direção da Comissão de Análise de Estudos de Meios “repudia, em absoluto, a presente tentativa de descredibilizar de forma infundada o sistema de medição de audiências televisivas”.

Sublinha que a CAEM “sempre envolveu e prestou os devidos esclarecimentos aos seus associados, incluindo todos os operadores de televisão, acerca de todas as questões relacionadas com este tema” e “reitera a sua confiança na idoneidade e credibilidade do sistema de medição de audiências em vigor e na importância de reforçar a sua estabilidade”.

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