Coimbra

Guarde o seu lixo. Não “lixe” Abril!

Notícias de Coimbra | 1 ano atrás em 23-04-2023

Os trabalhadores da ERSUC – Resíduos Sólidos do Centro cumpre 3 dias de greve, de segunda-feira a quarta-feira, para reivindicarem melhores salários e outros direitos laborais, anunciou hoje um sindicato do setor.

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A greve de três dias foi justificada “para reivindicar melhores salários, a dignificação das profissões e o respeito pela contratação coletiva, assim como a urgência em travar a precariedade laboral e a degradação das condições de trabalho”, segundo um comunicado do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins (STAL).

As autarquia da região estão a pedir a compreensão e colaboração dos  concidadãos para evitarem a deposição de resíduos nos contentores do lixo e, consequentemente, a acumulação de resíduos na via pública, durante esses três dias.   

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De acordo com o STAL, sindicato afeto à CGTP, a ação de luta “resulta do profundo descontentamento e da contínua falta de respostas concretas às exigências dos trabalhadores (…) face aos baixos salários praticados na empresa, a que se soma o desinvestimento nas condições de trabalho”.

As reivindicações incluem, entre outras, um aumento salarial de 10%, num mínimo de 100 euros, para todos os trabalhadores, com retroativos a janeiro de 2023, a implementação de um salário de entrada na empresa no valor de 850 euros e o pagamento do subsídio de insalubridade, penosidade e risco.

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A atualização do subsídio de refeição “e dos diversos subsídios e suplementos”, a fixação do período de trabalho em sete horas diárias, 35 horas semanais e 25 dias de férias, e a criação e valorização das carreiras, “bem como a progressão e promoção profissional, e a regularização das situações de vínculo precário”, são outras das reivindicações apresentadas.

O STAL argumentou que “está nas mãos” da administração da ERSUC “encetar negociações sérias e há muito reivindicadas” com a estrutura sindical e os trabalhadores, acrescentando que estes “estão conscientes do impacto negativo desta paralisação junto das populações”, embora atribua a responsabilidade à empresa.

“Os trabalhadores são quem mais sofre com um permanente ‘défice financeiro’ no final de cada mês, o que os coloca em situação economicamente difícil e de particular fragilidade social, pelo que estão unidos e determinados em defesa das suas propostas reivindicativas”, assegurou o STAL.

A ERSUC informou que está a tomar as devidas precauções para que sejam mantidos os serviços mínimos de recolha e de receção de resíduos urbanos. No entanto, a greve poderá originar condicionantes no encaminhamento e na entrega dos resíduos no Centro Integrado de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos, em Vil Matos, Coimbra,

A ERSUC abrange uma área de 7000 km2 (7.9 % do território nacional), serve uma população de aproximadamente um milhão de habitantes e trata mais de 300 000 toneladas de resíduos por ano nos municípios de  Águeda, Albergaria-a-Velha, Alvaiázere, Anadia, Ansião, Arganil, Arouca, Aveiro, Cantanhede, Castanheira de Pera, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Estarreja, Figueira da Foz, Figueiró dos Vinhos, Góis, Ílhavo, Lousã, Mealhada, Mira, Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Murtosa, Oliveira de Azeméis, Oliveira do Bairro, Ovar, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penacova, Penela, S. João da Madeira, Sever do Vouga, Soure, Vagos, Vale de Cambra e Vila Nova de Poiares.

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