Portugal

Guarda deseja Ti Jaquina. Há 30 anos!

Notícias de Coimbra | 6 meses atrás em 23-10-2023

 A Câmara Municipal da Guarda aprovou hoje a abertura da discussão pública do Plano de Urbanização do Cabroeiro, que prevê a construção de uma nova variante que vai ligar a VICEG (Via de Cintura Externa da Guarda) ao centro da cidade.

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“Hoje foi um dia muito importante para a Guarda. O plano é instrumento territorial que irá permitir fazer a construção da variante da Ti Jaquina. Arrisco-me a dizer que há 30 anos que se fala na variante da Ti Jaquina”, salientou no final da reunião o presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa (Movimento pela Guarda).

O autarca explicou que o plano prevê ainda que “o Parque Industrial possa ser ampliado para cerca do dobro” e também a expansão urbanística dos quatro bairros envolventes, do Pinheiro, da Luz, Senhora dos Remédios e da Póvoa do Mileu.

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O documento vai entrar em discussão pública por um período de 20 dias.

“Esperemos que possam ser dadas boas sugestões durante a discussão pública e que depois da ponderação dos contributos, o documento possa voltar novamente à Câmara e depois à Assembleia Municipal”, descreve.

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Esta é a segunda vez que o Plano de Urbanização do Cabroeiro está em discussão pública. Em 2021 o documento foi aprovado pelo anterior executivo, mas seria rejeitado em Assembleia Municipal.

O presidente da Câmara, que na altura era vereador sem pelouros atribuídos, destaca que nesta nova versão do Plano “há várias diferenças”.

Sérgio Costa aponta “a grande diferença” que levou “todos os partidos na Assembleia Municipal há dois anos a votar contra este plano.

“Tem a ver com o antigo matadouro. O Plano apresentado previa que houvesse construção de habitação coletiva e serviços da área social. E nós assumimos que ali vai ser construído o novo centro escolar”, aponta o autarca.

Outra diferença é que “o traçado da variante da Ti Jaquina é manifestamente diferente, com acessos diferentes”. “E outra das diferenças é que nós auscultámos os proprietários, não só numa reunião mas também por escrito”, salientou Sérgio Costa.

Os quatro vereadores da oposição votaram favoravelmente, mas o social-democrata Carlos Chaves Monteiro criticou o processo recordando os acontecimentos de 2021.

O autarca, que na altura presidia à Câmara da Guarda, considera que hoje foi reparado “um erro crasso de uma Assembleia assassina”.

“Assistimos à reposição de um projeto que já estava aprovado pela Câmara. Foram dois anos que não existiram”, sustentou.

A vereadora do PS, Adelaide Campos, também reconheceu que “foi um tempo perdido” e que apesar de haver “pontos que é preciso clarificar”, “não votar favoravelmente poderia levar a mais dez anos de atraso, nem que fossem dois”.

“A Guarda não tem tempo a perder. Há quantas dezenas de anos que esta situação está em estudo e em elaboração. O projeto pode não ser perfeito, mas a Guarda não pode perder mais tempo seja em que ponto for”, sublinhou.

O executivo municipal aprovou ainda um voto de pesar pelo falecimento do antigo presidente da Junta de Freguesia de Vale de Estrela, António Lobo, tendo sido cumprido um minuto de silêncio.

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