Educação

Greves de professores encerraram várias escolas e mantêm-se até fevereiro

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 06-01-2023

As greves de professores que marcaram a primeira semana de aulas do 2.º período registaram uma adesão que superou as expectativas dos sindicatos, levando ao encerramento parcial de várias escolas, e vão manter-se até fevereiro.

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Milhares alunos regressaram às aulas na terça-feira, mas muitos encontraram a escola fechada de manhã devido a greves convocadas por dois sindicados de professores, que decorreram durante toda a semana.

Uma das greves foi convocada pelo Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE) em protesto contra algumas das propostas apresentadas pela tutela no âmbito do processo negocial para a revisão do regime de recrutamento e mobilidade de professores.

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A paralisação, apenas ao primeiro tempo de aulas de cada professor, registou na terça-feira uma adesão de 80%, segundo estimativas do sindicato.

“Houve uma forte adesão, que até foi surpreendente”, disse hoje à Lusa a presidente do SIPE, Júlia Azevedo, referindo que nos restantes dias a mobilização dos professores foi em sentido crescente.

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Por se tratar de uma greve parcial, muitas vezes os estabelecimentos de ensino estiveram encerrados apenas durante o primeiro tempo de aulas, quando os alunos chegavam à escola. Por isso, explica Júlia Azevedo, “tem surtido efeito principalmente pela visibilidade, porque depois tudo retoma à normalidade no segundo tempo do horário do docente”.

Em simultâneo, realizou-se também uma outra greve convocada pelos mesmos motivos, pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP). A greve por tempo indeterminado decorre deste 09 de dezembro e o sindicato já entregou pré-avisos para todo o mês de janeiro, alargando o protesto aos trabalhadores não docentes.

Por isso, algumas escolas acabaram mesmo por estar encerradas durante todo o dia, como foi hoje o caso de várias dos distritos de Braga e Viana do Castelo, segundo a presidente do SIPE.

“Estas duas formas de protesto têm mostrado a força da razão dos professores, a sua revolta e um grito, quase um pedido de desespero ao Ministério para que abra, rapidamente, as negociações”, sublinhou Júlia Azevedo.

A greve parcial do SIPE, inicialmente prevista apenas para a primeira semana do 2.º ciclo, vai manter-se até dia 08 de fevereiro. Entretanto, o sindicato assinou hoje 18 pré-avisos de greve por distritos, ao lado de outros sete sindicatos, incluindo a Federação Nacional dos Professores (Fenprof).

Essa greve vai realizar-se durante 18 dias, entre 16 de janeiro e 08 de fevereiro, cada dia num distrito.

“Por exemplo, no dia 16 vai ser em Lisboa e em Lisboa o SIPE está a fazer greve ao tempo inteiro, mas no restante país mantém a greve ao primeiro tempo de cada docente”, explicou Júlia Azevedo.

No sábado, o STOP vai realizar protestos em todas as capitais de distrito, estando agendada uma marcha em Lisboa no dia 14 de janeiro.

Em fevereiro, no dia 11, a Fenprof, a ASPL, a Pró-Ordem, o SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU organizam manifestação nacional de professores e educadores, também em Lisboa, mas antes planeia acampar em frente ao Ministério da Educação entre os dias 10 e 13 de janeiro.

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