Saúde

Governo vai ouvir médicos. Espera-se que não seja um diálogo de surdos!

Notícias de Coimbra | 10 meses atrás em 30-06-2023

O Ministério da Saúde agendou para a próxima semana novas reuniões com os sindicatos dos médicos, após os últimos encontros previstos no protocolo negocial terem terminado hoje sem acordo, disse fonte oficial do ministério.

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Segundo a fonte, o Ministério reúne-se já na próxima quarta-feira com o Sindicato Independente dos Médicos (SIM), que hoje anunciou greve nacional para 25, 26 e 27 de julho.

Com a Federação Nacional dos Médicos (FNAM), que tem uma greve agendada para 05 e 06 de julho e que no sábado reúne o seu Conselho Nacional para decidir novas formas de luta, o Ministério reúne-se nos dias 07 e 11 de julho.

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Os dois sindicatos dos médicos tiveram hoje, último dia do prazo previsto no protocolo negocial, novas reuniões negociais com o Ministério da Saúde sobre a valorização da carreira, mas as partes não chegaram a acordo.

Entre as várias matérias em negociação, consta a revisão das grelhas salariais dos clínicos do Serviço Nacional de Saúde, que o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) consideram fundamentais para um acordo com o Governo.

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Nos últimos meses, as duas estruturas sindicais têm criticado o Ministério da Saúde por não ter formalizado uma proposta concreta de aumentos salariais.

A FNAM já anunciou uma greve para 05 e 06 de julho e avançou com a possibilidade de novas paralisações em agosto, caso não seja alcançado um acordo que valorize os salários e melhore as condições de trabalho de todos os médicos do Serviço Nacional de Saúde.

Já o SIM agendou hoje, após a reunião com o Ministério, uma greve nacional para 25, 26 e 27 de julho.

Com a demissão de Marta Temido no final de agosto de 2022, o processo negocial ficou pendente até novembro, quando se iniciaram formalmente as negociações, depois de os sindicatos terem criticado o “silêncio” da nova equipa do ministro Manuel Pizarro.

Na mesma altura, o ministro garantiu que partia para este processo com “espírito aberto” com o objetivo de valorizar as carreiras dos médicos, mas os sindicatos, logo nas primeiras reuniões, pediram celeridade ao Governo na concretização das suas propostas.

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