Portugal

“Gostamos de vocês cá e que fiquem cá”, diz Luís Montenegro a imigrante

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 meses atrás em 29-02-2024

Depois da controvérsia sobre a associação entre imigração e insegurança, o presidente do PSD, Luís Montenegro, fez hoje questão de deixar uma mensagem de acolhimento dirigindo-se a um imigrante em Leiria.

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Perante a comunicação social, Luís Montenegro trocou breves palavras com um imigrante que estava na Avenida Heróis de Angola durante a passagem da comitiva da Aliança Democrática (AD), numa ação de rua no centro de Leiria, hoje à tarde.

“Precisamos de vocês aqui, e para ficar cá, está bem?”, disse-lhe o presidente do PSD. “Gosto de Portugal”, respondeu o homem. “E nós também gostamos de vocês cá e que fiquem cá, está bem? Boa sorte e contem connosco”, reforçou Luís Montenegro.

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Quando o presidente do PSD se afastou, o imigrante, que se expressava em português com dificuldade, declarou aos jornalistas que veio do Senegal, está em Portugal há cerca de oito meses, neste momento sem trabalho, e mostrou não saber quem era Luís Montenegro: “Ah, ele é candidato?”.

Esta conversa aconteceu três dias depois de, num comício da AD, em Faro, o ex-primeiro-ministro e antigo presidente do PSD Pedro Passos Coelho ter feito um discurso que gerou controvérsia em que considerou que houve um aumento da insegurança em Portugal, que associou à imigração.

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Em Leiria, Luís Montenegro voltou a ser questionado sobre as sondagens, que relativizou, apelando aos jornalistas para, “com todo o respeito”, contribuírem para “fazer pedagogia” nesta matéria: “Não é entre um dia e outro, com uma oscilação de mais um ponto para trás, mais um ponto para a frente, que os indecisos estão a aumentar. Não acreditem nisso, porque eu também não acredito”.

O presidente do PSD manifestou-se despreocupado com oscilações de “um ponto ou dois” e sustentou, com base em atos eleitorais passados, que se perde “muito tempo a discutir esse assunto e depois no dia das eleições as coisas acontecem e acontecem com força”.

Luís Montenegro, que tinha atrás de si dezenas de apoiantes da coligação PSD/CDS-PP/PPM, afirmou que espera “uma alta taxa de participação” nas legislativas antecipadas de 10 de março e sente na rua “uma genuína vontade de mudar”.

O ex-líder parlamentar do PSD apresentou a AD como “uma mudança segurança”, um projeto “que quer dar mais crescimento à economia, que quer dar melhores salários, que quer dar mais serviços públicos, mas que não é uma aventura”.

Interrogado se não teme que a presença de figuras do Governo PSD/CDS-PP que esteve em funções no tempo da ‘troika’, como Passos Coelho, façam a AD perder eleitorado do centro, remeteu essa análise para os programas de comentário.

“Ninguém está a fazer essa análise na sociedade, no dia a dia comum de um português essa análise não existe”, acrescentou.

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